Lucas só deverá chegar à Inglaterra nesta terça — viajou nesta segunda-feira com a seleção brasileira para a Olimpíada —, mas o São Paulo já sente saudade do camisa 7. No clássico contra o Palmeiras, primeiro compromisso do Tricolor sem o meia-atacante, a equipe se ressentiu da falta de referência na composição do ataque com Luís Fabiano.

Fora a cobrança de falta de Jadson, que resultou no gol do camisa 9, foram poucas as bolas que chegaram ao centroavante dentro da área.

“Lucas é um jogador que sempre vai fazer falta. Ele pega a bola e parte para cima. Não temos outro de explosão tão rápida”, reconhece o goleiro Denis.

No clássico, coube a Osvaldo herdar a vaga. Destaque na vitória sobre o Coritiba, há uma semana, com direito até a um gol e uma assistência, o atacante se empenhou na função. Correu muito e chegou a ter uma boa oportunidade de ampliar o placar, mas não foi feliz nas finalizações.

Por causa dos Jogos de Londres, o Tricolor poderá ficar até oito rodadas sem o camisa 7. Isso caso o Brasil chegue à final do torneio, marcada para 11 de agosto. Se Mano Menezes mantiver o meia-atacante também para o amistoso da seleção principal contra a Suécia, em 15 de agosto, em Estocolmo, essa ausência vai aumentar e chegar a nove jogos.

Apesar disso, Denis acredita que o São Paulo conseguirá lidar com o desfalque enquanto for necessário. “Temos outros jogadores que podem fazer a função, não do mesmo jeito nem com a mesma qualidade, porque Lucas tem uma característica diferenciada, mas que são capazes de dar conta do recado”, incentiva o arqueiro.

Menos um/ O desfalque de Lucas chega ao mesmo tempo em que o São Paulo perde uma opção de ataque no banco, com a transferência de Fernandinho para o Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos. Agora, além de Osvaldo, o técnico Ney Franco conta apenas com Willian José, Rafinha e Ademilson como possibilidades para a posição.