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René Simões quer jogadores inteligentes para mudar o futebol

Em palestra realizado no Footecon Curitiba, o técnico da categoria de base do São Paulo disse que prefere inteligência à força


A inteligência ao invés da força. A mudança dos parâmetros para a escolha dos jogadores das categorias de base é a tese defendida pelo técnico René Simões para a evolução do futebol brasileiro. O treinador, que atualmente dirige as categorias de base do São Paulo, falou sobre sua teoria na tarde desta segunda-feira, durante o Footecon Curitiba.

René participou da palestra "Processo de formação do atleta brasileiro: a busca pelo perfil ideal", ao lado do técnico Marquinhos Santos, responsável pela Seleção Brasileira Sub-15. Para ele, a procura entre as revelações não devem mais passar pelo critério força, mas pela capacidade de raciocínio, que já é aplicada nas peneiras no São Paulo.

- Quando falo com meus observadores, já peço que não quero aquele zagueiro forte e alto, mas que vai dar um chutão na saída de bola. Falo que pode descartar. Eu quero aquele jovem que pensa em campo.

O técnico contou que uma das formas de encontrar atletas que joguem mais com a cabeça do que os músculos é fazer os testes em campos reduzidos. Com menos espaço, defende René Simões, o jogador inteligente se revela com soluções em campo ao invés da dar o famoso "chutão".

- Em campo reduzido, dá para ver aqueles que vão ter mais cabeça e não só os que se destacam com muitos gols.

Redução de campo para achar os 'inteligentes'

A tese de René encontra um defensor com o técnico da Seleção Brasileira Sub-15. Marquinhos Santos conta que montou um esquema de observação e captação de jovens, que começa com um treino individual (1 x 1), reduzido (6 x 6) e só depois um coletivo de onze contra onze.

- Tem muito professor, técnico que coloca crianças para fazer três coletivos por semana. Em dez minutos, ele chega a encostar só três vezes na bola - completa Santos.

Marquinhos também falou sobre a unificação das filosofias das categorias de base, desde o Sub-15 até o Sub-23, para aproveitar o máximo de cada profissional responsável pelas categorias. Só assim será possível, em sua opinião, tirar a qualidade da quantidade.

- Também errei como treinador de futebol, pois aplicava teorias no Sub-20, que poderiam ser aplicadas no Sub-15. O futebol brasileiro consegue tirar da quantidade a qualidade. Mas tem muitas particularidades para minimizar o erro. Porém, os clubes não tem uma filosofia de formação. O clube é o principal formador dos talentos que estão surgindo - ressalta.

Footecon

O Footecon Curitiba acontece nesta segunda-feira com palestras ministradas por diferentes profissionais do futebol. Pela manhã, o secretário municipal Luiz de Carvalho falou sobre a Copa do Mundo em Curitiba e o ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, analisou o futebol brasileiro e ao futuro. Também foam dicustidos a capacidade do futebol como negócio, além de aspectos físicos.

Uma das palestras mais esperadas é do o ex-técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, que analisa o Barcelona, melhor time da atualidade. O Footecon termina com uma palestra falando da globolização do futebol.

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