Contratado por R$ 9 milhões no início do ano, Jadson chegou ao São Paulo para honrar a camisa 10, que há tempos não tinha um dono que convencia a torcida. Após um início irregular, foi na reta final antes das decisões que o jogador deu os primeiros grandes passos para encantar a torcida do São Paulo.

A evolução de Jadson nas últimas partidas é evidente. Contra o Bragantino, por exemplo, um lindo passe por cobertura deixou Fernandinho na cara do gol para abrir o placar e o caminho do Tricolor em busca da semifinal do Paulistão. Assim, ele se isolou ainda mais no posto de líder de assistências da equipe na temporada, com nove. São três a mais que os vice-líderes, Casemiro e Lucas.

“Buscamos muito o gol e fui feliz em achar o Fernandinho com um bom passe para concluir em gol”, comemorou o camisa 10 após a partida do último domingo.



O jogador atribui a melhora a uma mudança de posicionamento. Com a entrada de Fernandinho no time titular, o meia saiu do lado esquerdo do campo para cumprir a função de armador mais centralizado.

“Nos primeiros jogos atuei mais aberto. Mesmo com liberdade, tinha de fazer a marcação no lado do campo. Mas, de um tempo para cá, com três atacantes, jogo mais centralizado. É onde gosto de jogar. Sempre joguei ali e as coisas estão dando certo”, disse.

Este é o início de uma caminhada para que ele possa brilhar nas decisões, que além de fazer Jadson cair nas graças da torcida podem fazer com que o jogador reverta alguns números que ainda fazem com que ele não brilhe e empolgue a torcida em muitas partidas desde sua chegada.

No Paulistão, por exemplo, Jadson é um dos piores passadores do elenco do São Paulo. Mesmo incumbido de armar e organizar a equipe, o camisa 10 é o jogador do time, tirando os atacantes, com pior porcentagem de passes certos (88%).