publicidade

Clube dos 13 vê briga na Justiça como ''tiro no pé''

Entidade rechaça ir aos tribunais por temer que atitude motive clubes a se desfiliarem, como fez o Corinthians

A diretoria do Clube dos 13 não considera que os tribunais sejam a solução para o levante de clubes que ameaça a existência da entidade. Durante a semana, o presidente do C13, Fábio Koff, chegou a ouvir de alguns dos presidentes de clube que ainda se mostram fiéis a ele que deveria entrar com ação na Justiça para fazer valer o contrato que tem em mãos. De acordo com o documento, assinado por presidentes de todos os clubes filiados, o C13 é o legítimo representante dessas agremiações na negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.

Em tese, a estratégia é válida. Até advogados ligados aos dissidentes reconhecem a legitimidade do contrato. "De fato, se os clubes assinaram um documento no qual reconhecem o Clube dos 13 como representante do grupo na negociação, cabe à entidade liderar o processo", afirmou Luiz Felipe Santoro, advogado do Corinthians.

"Portanto, pode parecer estranha essa situação de o clube se manter filiado, mas negociar à parte, uma vez que a existência do C13 se resume, na prática, a cuidar da negociação do contrato de tevê. Por isso o Corinthians decidiu encaminhar sua desfiliação."

Tiro no pé. No entanto, entre as várias considerações feitas, uma freou o ímpeto dos entusiastas pelos tribunais. O grupo que defende a distância da Justiça argumenta que eventual ação poderia representar um "tiro no próprio pé". "Não acredito que essa decisão (entrar com processo) seja inteligente. O efeito disso seria motivar os clubes a oficializarem sua desfiliação, como fez o Corinthians, que é tudo o que o Clube dos 13 não quer", explicou advogado que acompanha a polêmica e pediu para não ser identificado. "Bastaria uma Assembleia Geral de clubes para anular o contrato. E como a razão de existir do C13 é esse contrato, isso representaria o fim da entidade."

Conflito. A rebelião dos clubes foi detonada no dia 24, quando os presidentes de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco anunciaram que negociariam seus direitos de tevê de maneira independente.

Poucas horas depois, o Corinthians, que já havia ameaçado com um pedido de licença, foi ainda mais radical e encaminhou carta à entidade, assinada pelo presidente Andrés Sanchez, na qual comunicava sua desfiliação.
O exemplo dos times cariocas foi seguido por vários outros tradicionais clubes do País, entre eles Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Santos. A Rede Globo anunciou que não participará da licitação do C13, enquanto a Rede Record também admitiu que pode negociar diretamente com os clubes.

VEJA TAMBÉM
- Transmissão, horário e escalações: Cobresal x São Paulo pela Libertadores
- Joia de Cotia ressurge no São Paulo sob comando de Zubeldía
- Zubeldía fica encantado com descoberta de Dorival


Receba em primeira mão as notícias do Tricolor, entre no nosso canal do Whatsapp


Avalie esta notícia: 1 8

Comentários (1)

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.