Alex brilhou com a camisa do Verdão no fim da década de 90 e até 2002 (Foto: Djalma Vassao)

Alex recebe a bola na meia-lua, dá um toque para o alto em entre dois zagueiros e invade a área são-paulina. O então camisa 10 do Palmeiras chapela Rogério Ceni quase na pequena área e faz um golaço!

O lance histórico aconteceu em 20 de março de 2002, pelo Rio-São Paulo, data da última vitória (4 a 2) do Verdão sobre o rival no Morumbi. Há 16 jogos o Palmeiras não vence o Tricolor no estádio (11 derrotas e cinco empates). Neste domingo, é dia de novo Choque-Rei.

Alex, agora ídolo do Fenerbahçe, relembrou ao L! o feito. Da Turquia, torcerá pelo Verdão.
Sempre cotado para voltar ao Brasil, o meia esteve na lista de reforços de Palmeiras e São Paulo até o início de 2011. Mas preferiu renovar seu contrato com os turcos. A principal razão: a vida que leva na Europa desde 2004.

Neste sábado, Alex marcou um dos gols da vitória (2 a 0) sobre o Kasimpasa, pondo seu time na liderança do Campeonato Turco.

LANCENET!: O que dizer da fase espetacular que você vive?
ALEX: Durante todo esse período de indefinição, sem saber se seguiria ou não no Fenerbahçe, ainda assim me mantive bem, marcando gols, ajudando o time. Depois que renovei o contrato, é claro que o foco aumenta mais, não existe nada extracampo desviando a atenção, e isso facilitou para que eu mantivesse a boa fase e até melhorasse em alguns aspectos. A fase é realmente boa.

LNET!: Você é sempre um dos nomes mais falados a cada fim de temporada no Brasil. Por que resolveu seguir na Turquia?
A: O que mais pesou na opção de seguir aqui foi o modo de vida, além do grande respeito que as pessoas têm por mim. Antes de voltar, imaginei como seria o meu dia a dia no Brasil, com a minha família, nos treinamentos, e cheguei à conclusão de que o melhor seria ficar aqui. Estou adaptado, minha família também. Se consigo juntar as duas coisas aqui, não há por que mudar agora. Além disso, o calendário aqui foi outro fator determinante, deu um peso maior à decisão de permanecer por mais um tempo.

LNET!: Você teve propostas? Quais clubes o procuraram?
A: O único clube que me procurou, com a ideia de me levar de volta para o Brasil, foi o Palmeiras. O Galeano (supervisor técnico do Verdão) me ligou para saber qual era a minha situação, mas sem proposta concreta, sem tocar no assunto dinheiro. Nada que levasse a conversa a diante. Disse que meu contrato acabava, mas que a intenção era renovar com o Fenerbahçe. E foi o que acabou acontecendo.

LNET!: Você esteve na última vitória do Palmeiras contra o São Paulo, no Morumbi. Qual a lembrança daquela partida?
A: Um partidaço! Eles vinham ganhando fácil de todos os adversários e nós vínhamos com algumas dificuldades. O Luxemburgo armou um sistema para marcarmos bem o São Paulo e ainda sobrar espaço para o Magrão (volante do time, na época). Assim, vencemos.

LNET!: O Palmeiras nunca mais venceu o São Paulo no Morumbi. Qual o segredo para conseguir bons resultados lá?
A: Jogar bola. O Morumbi é um campo grande e com um gramado muito bom. Tem de ir ao Morumbi e encarar o São Paulo de frente.

LNET!: Como foi o golaço e qual a sensação após marcá-lo?
A: Sabia que tinha feito um golaço! A sensação foi maravilhosa. Não sabia o que fazer após o gol.

LNET!: Qual seu palpite para o clássico deste domingo?
A: Sou ruim de palpite. Mas torço para que o jejum seja quebrado e que o Palmeiras vença a partida.