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Estrutura do futebol mudará com racha entre clubes e entidades

Regras de televisionamento, formato de disputa, calendário e "poderosos" estão na berlinda da briga política

A crise política entre a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o Clube dos 13, que ocasionou racha entre os principais clubes do país, deve acabar em mudanças na estrutura do futebol brasileiro independentemente de quem “vencer” a batalha.

Dependendo da emissora que conseguir os direitos de transmissão para TV aberta do Campeonato Brasileiro no triênio 2012/2014, alterações em regras de televisionamento, no calendário, no formato de disputa e na divisão de poder na cúpula da CBF e do C13 (se esta entidade ainda existir) serão feitas. O iG apresenta quais as principais mudanças que deverão ocorrer, dependendo do grupo vencedor (não está descartado, é claro, um acerto entre os lados e a mescla de algumas dessas possibilidades).

Televisionamento
Vitória da Globo: A estratégia da emissora é negociar separadamente com cada clube. Se todos fecharem com ela, poderá passar os jogos sem problema. Ela pretende manter o atual horário para transmissão, 22h ao meio da semana e 16h/17h aos domingos. Emissora quer continuar transmitindo jogos para o Estado em que as partidas ocorrem e seis partidas, dentro do pacote a ser pago, para a cidade onde estejam acontecendo. Para agradar equipes como Corinthians e Palmeiras, que pretendem vender o nome de seus estádios para empresas, a Globo promete falar nas transmissões e programas a marca desses parceiros, algo que não faz hoje.

Vitória da Record: Seria feita pela concorrência que o Clube dos 13 apresentou em edital de licitação na quarta-feira (23 de fevereiro). Promete mudar o horário das partidas ao meio da semana, com jogos mais cedo (começando entre 20 e 20h30). Topa não transmitir partidas para os estados onde estejam ocorrendo, o que pode favorecer o pay-per-view, que será vendido separadamente. A emissora promete também citar marca de empresas parceiras dos clubes, mesmo que não comprem cotas publicitárias.

Fórmula de disputa

Globo: Marcelo Campos Pinto, executivo da emissora responsável pela negociação de direitos de transmissão, já falou publicamente que a preferência é pela volta do “mata-mata” para definir o campeão. Para mudança já em 2012 seria preciso criar uma Liga independente à CBF, ou seja, um novo campeonato a parte ao Brasileiro. Porque pelo estatuto do torcedor um regulamento só pode ser alterado dois anos antes de o torneio começar.

Record: Se o campeonato continuar organizado pela CBF, o formato pontos corridos seria mantido. Mas não é impossível que a Record avalie que o “mata-mata” é mais vantajoso financeiramente, para venda de publicidade, e negocie com CBF e clubes uma mudança para depois de 2012 ou até mesmo a criação de uma Liga, com a diferença que esta será patrocinada pelo Clube dos 13.

Calendário
Globo: O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez , quer que o calendário mude para que os clubes possam realizar amistosos para arrecadar mais dinheiro. A emissora está disposta a brigar com as Federações estaduais para diminuir os campeonatos locais e deixar datas livres para que os times possam jogar onde quiser (com transmissão da Globo, claro). O Brasileiro, a princípio, seguiria de maio até dezembro.

Record: Não teria o direito de transmitir os estaduais num primeiro momento, por isso é favorável a diminuição desta competição, como gostaria Andrés Sanchez e os clubes que estão rompendo com o Clube dos 13. Problema é que as Federações locais ainda são fortes, principalmente porque emprestam muito dinheiro aos times. A princípio Brasileiro seguiria de maio até dezembro.

Poder no futebol
Globo/CBF: Andrés Sanchez e Marcelo Campos Pinto ganham projeção como sucessores de Ricardo Teixeira na presidência da CBF – ele prometeu deixar o cargo em 2015. O preferido de Teixeira é o executivo da Globo, apesar de ninguém falar abertamente sobre o assunto. Sanchez se tornaria um dos líderes dos clubes e poderia presidir a Liga, se fosse criada realmente.

Record/C13: Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, e Alexandre Kalil, do Atlético-MG, seriam alçados a liderança do Clube dos 13, que continuaria como responsável por representar os clubes e poderia até mesmo ela criar uma Liga. Kalil, que costuma dar entrevistas mais ácidas, talvez não tenha cacife para liderar a entidade, mas Juvêncio seria o sucessor natural de Fábio Koff, atual mandatário da entidade. Koff admitiu isso em entrevista à “Folha de S. Paulo”. Na CBF, Ricardo Teixeira continuaria no poder, mas seus sucessores naturais perderiam força e ele seria forçado a escolher outros.

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