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Após superar rusga com Carpegiani, Dagoberto curte boa fase de goleador

Atacante muda de posicionamento, mas segue sendo decisivo para o esquema do comandante. E garante que episódio negativo foi resolvido



Intempestivo, polêmico, goleador. O Dagoberto versão 2011 está de bem com a vida. Do mesmo jeito que se coloca em algumas confusões, dentro de campo é possível dizer que seu desempenho está bom demais. Artilheiro da equipe na temporada 2010, com 15 gols, ele é o principal goleador desse início de ano, com cinco, já deu quatro assistências e tornou-se peça imprescindível no esquema do técnico Paulo César Carpegiani.

O jogador comemora. Apesar de ter mudado sua função em campo, o desempenho não caiu. A saída de Ricardo Oliveira, no final do ano passado, fez o atacante deixar de ser o preparador para se transformar em definidor. Mas ele não reclama. Pelo contrário, está contente com a nova fase. Uma amostra desta foi dada na vitória por 3 a 0 sobre o Treze, quando ele marcou dois gols e deu o passe para Fernandinho ampliar (assista ao vídeo).

Antes de celebrar o bom momento, ele passou por uma situação delicada: se desentendeu com o técnico Paulo César Carpegiani na partida contra o Linense, e o treinador chegou a dizer que ele poderia ser negociado, pois não se importava mais. Mas o caso foi resolvido, Dagoberto levou uma bronca e depois retomou o espaço no time.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, ele fala sobre bom momento, diz que a nova gravidez da mulher trouxe ainda mais tranquilidade, conta que o episódio negativo com Carpegiani foi totalmente superado e que, apesar de ter contrato com o clube até dezembro de 2012, ainda quer continuar por mais tempo, desde que seja valorizado.

Dagoberto dá autógrafos em Campina Grande (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Parece que você tomou gosto pelo posto de goleador. Foi artilheiro do time em 2010 e, neste começo de 2011, continua balançando as redes adversárias. O que mudou?

Realmente foi um bom começo em 2011. Tracei algumas metas para o ano e estou bem feliz porque estou conseguindo jogar bem e as coisas estão acontecendo. Se eu for levar em consideração apenas o lado pessoal, não posso reclamar. Mas o coletivo precisa estar sempre em primeiro lugar. Ganhamos títulos importantes em 2007 e 2008 e precisamos voltar a ganhar agora em 2011.

É o seu melhor momento na carreira?

Estou jogando bem porque o meu lado pessoal também está bem tranquilo. Estou de bem com a vida. Minha mulher está grávida de cinco meses de um menino, que vai chamar Mateus. Acho que tudo isso se reflete em campo. Realmente não posso reclamar.

O que mais chama a atenção é que você continua jogando bem mesmo tendo mudado de função. Na carreira, você sempre foi um preparador de jogadas. Agora, é a referência. Como sentiu essa mudança?

Pela primeira vez estou fazendo esse papel na minha vida. É bacana jogar assim porque toda hora você está na cara do gol e fica mais fácil de aproveitar as oportunidades. Mas, preciso lembrar que ajuda bastante as presenças do Lucas e do Fernandinho, que se movimentam muito e abrem espaços. O Lucas fez o papel pela direita que eu vinha fazendo. Com isso, pude me desgastar menos em campo na partida contra o Treze, o que resultou em gols e em mais uma boa atuação.

Ao mesmo tempo em que você se destaca em campo, sempre é alvo de polêmicas. A última foi com o Paulo César Carpegiani no jogo contra o Linense. Por que o seu nome está sempre envolvido em alguma confusão? Existe má vontade com o Dagoberto?

Não sei te responder, difícil falar alguma coisa. O que eu realmente posso dizer é que, em determinadas situações, as coisas tem um peso muito grande para mim.
Ninguém pode me acusar de não ser profissional. Tomei até cabeçada do Domingos"
Dagoberto

O episódio com o Paulo está superado?

Totalmente. Nos tratamos muito bem profissionalmente. Aliás, ninguém pode me acusar de não ser profissional. Até tomar cabeçada do Domingos (zagueiro da Portuguesa) eu tomei (risos). Mas é sério. Busco sempre o melhor para a minha equipe.

O seu contrato com o São Paulo vai até dezembro de 2012. O que pensa a respeito? Chegou o momento de ir para a Europa? No ano passado, lembro que você quase foi parar na Ucrânia, mas não concordou com a negociação.

Não penso no futuro agora. Ainda falta muito tempo, tenho vínculo até o final de 2012. De repente, se acontecer uma valorização posso até continuar. Mas não adianta ficar fazendo planos. Tenho de deixar tudo acontecer, e depois pensar. Em uma transferência, são vários fatores que preciso analisar. Tenho muitas pessoas que dependem de mim. Na hora certa, tudo vai ser resolvido da melhor maneira.

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