O volante Cleber Santana vive um conflito de sentimentos. Titular nos dois primeiro jogos do ano, o camisa 8 está feliz por sair entre os 11 novamente neste sábado, às 19h30, contra a Ponte Preta, no Morumbi. Ao mesmo tempo, porém, ele está chateado. Contra o São Bernardo, ao ser substituído, recebeu algumas vaias dos poucos presentes no estádio são-paulino.

- Ninguém espera por vaias. Todos gostam de elogios e achei que fiz boa partida. Fiz um bom primeiro tempo junto com companheiros, mas faz parte. Quem está ali, está para cobrar, temos que aceitar e fazer melhor dentro de campo - afirmou.

Depois da vitória contra o clube do ABC paulista, o técnico Paulo César Carpegiani explicou que o jogador ainda não está no melhor da sua forma física, tendo portanto um pouco de dificuldade para ser soberano na marcação. Mas Santana não acha que esteja sendo injustiçado:

- Não posso dizer isso. Mas, às vezes, não entendo as cobranças de alguns torcedores. Mas faz parte do futebol. Eles estão ali para cobrar ou aplaudir, se acharam que deviam vaiar...Estou tranquilo, procuro fazer o meu melhor, dou o máximo para ajudar os companheiros. O importante é fazer o meu em campo - completou.

O jogador, que em 2011 atua como segundo volante pela direita ao lado de Rodrigo Souto, teve o seu auge na carreira atuando pelo Santos, entre 2006 e 2007, onde foi bicampeão paulista e marcou muitos gols.

- São momentos bem diferentes. No primeiro ano de Santos eu jogava como segundo volante, ao lado do Maldonado. Fiz uns dois ou três gols. Depois, quando fui para terceiro homem de meio, com Maldonado e Rodrigo Souto atrás e eu e o Zé Roberto na ligação, fazia muitos gols. Mas eu era o cobrador de pênalti também. De 20 ou 30 gols que fiz, 18 foram de pênalti. A cobrança vem em cima de coisas diferentes - afirma.