Em dois jogos, nenhum gol sofrido e a zaga do São Paulo dá sinais de que os bons tempos estão voltando. Além das defesas de Rogério Ceni, a dupla Alex Silva e Miranda voltou ligada em 2011 e quer provar isso neste sábado, contra a Ponte Preta, no Morumbi (com transmissão em tempo real pelo LANCENET!).
Tido como o melhor setor da equipe entre 2006 e 2009, a defesa foi questionada na temporada passada. Afinal, o Tricolor terminou o Brasileirão como a sexta equipe mais vazada, com 54 gols sofridos.
Se na competição nacional o São Paulo foi a equipe que menos sofreu gols nas edições de 2006, 2007 e 2009, no Paulistão tem sido diferente. Há quatro anos o Sampa não consegue terminar o estadual na liderança desse quesito (veja os detalhes abaixo).
O bom desempenho atual se deve ao entrosamento de Alex Silva e Miranda. Eles se conhecem desde 2006, mas a parceria está com os dias contados. O camisa 5 já assinou um pré-contrato com o Atlético de Madrid (ESP) e deixará o clube em julho. A situação de Pirulito pode ser semelhante.
Alex Silva pertence ao Hamburgo (ALE) e está emprestado até 31 de julho ao Tricolor. O zagueiro quer ficar, mas admitiu após a vitória sobre o São Bernardo que já se prepara para voltar para Alemanha, já que não foi procurado pela diretoria.
O discurso incomodou Paulo César Carpegiani, que precisou ter uma conversa com o camisa 3.
– Ele tem de ter cabeça fria para saber o momento de se expressar. Meu problema não é saber se vai ficar ou não, mas a torcida pode se revoltar contra ele após uma declaração forte – explicou o treinador.
Carpa sabe que terá sua zaga reformulada em breve. Assim, torce para Pirulito renovar e pela chegada do uruguaio Sebástian Coates.
O último semestre da dupla Alex Silva/Miranda começa animador. A partir de julho, o paredão Tricolor deixará saudades no Morumbi.
Bate-Bola com Alex Silva
O ano de 2007 foi o último em que o São Paulo terminou a primeira fase com a defesa menos vazada do Paulistão. Qual era o segredo daquela defesa?
Além da qualidade daqueles jogadores, o empenho dos demais colegas, porque no futebol, quando se faz ou toma um gol, não é só o ataque ou a defesa. É o empenho de todos, a atenção redobrada e também aquela vontade que tínhamos de bater recordes. Em 2007 fizemos uma grande defesa.
E como retomar essa marca?
O segredo é estar sempre atento. Temos de continuar entrando nas partidas com o objetivo de não tomar gols sempre chamando a atenção dos companheiros. Precisamos estar ligados o tempo todo, essa é nossa função. Temos de falar bastante ali atrás para que possamos repetir o feito de 2007.
Apenas São Paulo e Americana ainda não sofreram gols no Paulistão. Isso coloca medo nos atacantes adversários?
Com certeza. Todos os adversários, quando nos enfrentam, já vêm preparados, sabem que vão enfrentar uma defesa forte. Sabem do entrosamento meu e de Miranda, dos quatro de trás. A cobertura dos laterais está sendo benfeita. Acrescenta respeito. Foram só dois jogos, é muito cedo para dizer que voltou a ser a de 2007, mas espero que possamos dar sequência.
Defesa do São Paulo nos últimos jogos do Paulistão
2006
2ª melhor
O Campeonato Paulista daquele ano foi disputado no formato de pontos corridos e o Tricolor perdeu o título para o Santos por apenas um ponto. A melhor defesa também ficou com o Peixe, com dois gols sofridos a menos que o Tricolor, que terminou os 19 jogos sendo vazado 21 vezes. Foi o último Paulistão sem Alex Silva ou Miranda na zaga. André Dias, Lugano, Edcarlos e Fabão se revezavam no trio de defensores escalados por Muricy Ramalho.
2007
Melhor
O Tricolor sofreu apenas 14 gols e terminou a primeira fase sendo a defesa menos vazada entre os 20 participantes. Naquele campeonato, Alex Silva e Miranda já eram duas referências da defesa, que ainda contava com André Dias. A dupla atuou junto em 16 dos 19 jogos disputados. No entanto, na fase de mata-mata, a zaga não foi bem e o São Paulo acabou goleado por 4 a 1 para o São Caetano, dentro do Morumbi, após empatar em 1 a 1 no duelo de ida, no Pacaembu.
2008
6ª melhor
Com uma lesão, Alex Silva demorou para estrear na temporada e sequer disputou a primeira fase do Paulistão. Na maioria dos jogos, a zaga foi composta por Miranda e André Dias. Em algumas partidas, Juninho, Alex Bruno e até Aislan atuaram. O Tricolor terminou a fase de classificação apenas com a sexta melhor defesa e 22 gols sofridos. O Guaratinguetá, que hoje se chama Americana, sofreu apenas 14 gols, dois deles de Adriano, na estreia do Imperador pelo São Paulo. 2009
2ª melhor
Com Alex Silva atuando no futebol alemão, Miranda continuou com André Dias a seu lado na zaga. Rodrigo e Renato Silva se revezavam na função de terceiro defensor da equipe. Com apenas 17 gols sofridos em 19 jogos, o Tricolor só ficou atrás do Corinthians que foi vazado em 15 oportunidades. Com uma lesão, Rogério Ceni precisou desfalcar a equipe por sete partidas. Nesse período, Bosco foi o substituto do camisa 1 e sofreu seis gols. 2010
2ª melhor
Novamente o Tricolor fechou a fase de classificação somente atrás do Corinthians. Dessa vez, a zaga são-paulina sofreu 19 gols, apenas um a mais que a do rival. Alex Silva retornou no início do ano, mas por problemas físicos só conseguiu estrear na 11 rodada. André Dias disputou três jogos e foi negociado com a Lazio (ITA). Miranda, novamente, foi quem mais atuou. O camisa 5 esteve em campo em 17 dos 19 jogos do Tricolor, que acabou eliminado pelo Santos na semifinal.
2011
Melhor
Apenas dois jogos foram disputados neste Paulistão, mas só o Tricolor e o Americana não foram vazados. O entrosamento tem ajudado Alex Silva e Miranda que se destacaram nas vitórias sobre o Mogi Mirim e o São Bernardo. Quando a bola passa por eles, Rogério Ceni tem praticado boas defesas. Hoje, eles têm a favor o fator campo. A dupla conhece muito bem todos os espaços do gramado. Após participar de quatro Campeonatos Paulistas seguidos, este é o último de Miranda pelo clube.
Tido como o melhor setor da equipe entre 2006 e 2009, a defesa foi questionada na temporada passada. Afinal, o Tricolor terminou o Brasileirão como a sexta equipe mais vazada, com 54 gols sofridos.
Se na competição nacional o São Paulo foi a equipe que menos sofreu gols nas edições de 2006, 2007 e 2009, no Paulistão tem sido diferente. Há quatro anos o Sampa não consegue terminar o estadual na liderança desse quesito (veja os detalhes abaixo).
O bom desempenho atual se deve ao entrosamento de Alex Silva e Miranda. Eles se conhecem desde 2006, mas a parceria está com os dias contados. O camisa 5 já assinou um pré-contrato com o Atlético de Madrid (ESP) e deixará o clube em julho. A situação de Pirulito pode ser semelhante.
Alex Silva pertence ao Hamburgo (ALE) e está emprestado até 31 de julho ao Tricolor. O zagueiro quer ficar, mas admitiu após a vitória sobre o São Bernardo que já se prepara para voltar para Alemanha, já que não foi procurado pela diretoria.
O discurso incomodou Paulo César Carpegiani, que precisou ter uma conversa com o camisa 3.
– Ele tem de ter cabeça fria para saber o momento de se expressar. Meu problema não é saber se vai ficar ou não, mas a torcida pode se revoltar contra ele após uma declaração forte – explicou o treinador.
Carpa sabe que terá sua zaga reformulada em breve. Assim, torce para Pirulito renovar e pela chegada do uruguaio Sebástian Coates.
O último semestre da dupla Alex Silva/Miranda começa animador. A partir de julho, o paredão Tricolor deixará saudades no Morumbi.
Bate-Bola com Alex Silva
O ano de 2007 foi o último em que o São Paulo terminou a primeira fase com a defesa menos vazada do Paulistão. Qual era o segredo daquela defesa?
Além da qualidade daqueles jogadores, o empenho dos demais colegas, porque no futebol, quando se faz ou toma um gol, não é só o ataque ou a defesa. É o empenho de todos, a atenção redobrada e também aquela vontade que tínhamos de bater recordes. Em 2007 fizemos uma grande defesa.
E como retomar essa marca?
O segredo é estar sempre atento. Temos de continuar entrando nas partidas com o objetivo de não tomar gols sempre chamando a atenção dos companheiros. Precisamos estar ligados o tempo todo, essa é nossa função. Temos de falar bastante ali atrás para que possamos repetir o feito de 2007.
Apenas São Paulo e Americana ainda não sofreram gols no Paulistão. Isso coloca medo nos atacantes adversários?
Com certeza. Todos os adversários, quando nos enfrentam, já vêm preparados, sabem que vão enfrentar uma defesa forte. Sabem do entrosamento meu e de Miranda, dos quatro de trás. A cobertura dos laterais está sendo benfeita. Acrescenta respeito. Foram só dois jogos, é muito cedo para dizer que voltou a ser a de 2007, mas espero que possamos dar sequência.
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