Carlinhos Paraíba superou o trauma de 2009 (Foto: Tom Dib)
Última rodada do Brasileirão. Um empate frustrante leva um clube ao rebaixamento no ano do seu centenário. Tristeza que se funde à barbárie, à correria e ao terror.
Em 6 de dezembro de 2009, Carlinhos Paraíba estava no time do Coritiba que empatou por 1 a 1 contra o Fluminense e, melancolicamente, caiu para a Série B. Com o término do jogo, torcedores revoltados depredaram o estádio e invadiram o gramado. O confronto com a Polícia Militar deixou feridos e causou pavor. Desesperados, jogadores das duas equipes e o trio de arbitragem fugiram para os vestiários atrás de proteção. A cena até hoje não sai da cabeça de quem a viveu.
– Acho que foi um dos piores dias da minha vida – recordou o meia Carlinhos, ao LANCENET!.
Um ano depois, o cenário é completamente diferente. Com certa facilidade, o Coxa conquistou o título da Segundona e volta à elite no ano que vem. O Flu, que se salvou da queda naquele dia, pode sagrar-se campeão brasileiro nesta tarde. E Carlinhos, contratado pelo São Paulo no início de 2010, termina o ano como titular absoluto. Enfim, uma temporada tranquila, não é?
– Até demais! Gostaria de estar disputando o título do Brasileirão ou a vaga na Copa Libertadores, mas sabemos do nosso potencial. Sabemos o que esse grupo pode dar. Se colocarmos isso na cabeça, o ano que vem será o nosso ano – diz.
Mas o caminho até a vaga assegurada entre os 11 titulares do Tricolor não foi nada fácil. Preterido por Ricardo Gomes, quase foi emprestado ao Goiás para o Brasileirão, mas retornou ao apresentar lesão no tornozelo direito. Paciente e em evolução física, atravessou mais um momento de desconfiança com Sérgio Baresi antes de, enfim, crescer com a chegada de Paulo César Carpegiani, que apostou em seu futebol.
Nesta tarde, ao entrar em campo pela 22ª vez com a camisa do Sampa, Carlinhos não terá preocupações. Confiante na força do elenco e em seu potencial, acredita que 2011 será um ano diferente. E que, nas últimas rodadas dos próximos campeonatos, poderá finalmente comemorar um título.
– Estou trabalhando para isso, para arrebentar no próximo ano!
Bate-Bola com Carlinhos Paraíba
Em entrevista ao LANCENET!
'Ficamos, no mínimo, duas horas no vestiário'
LANCENET!: Do que se lembra daquela fatídica tarde no Couto Pereira?
CARLINHOS: Acho que foi um dos piores dias da minha vida. Mesmo diante das dificuldades, não esperávamos aquele tumulto.
LANCENET!: Como foram os momentos após a saída do gramado?
CARLINHOS: Quando entramos no vestiário estávamos preocupados que invadissem o local, com muito medo, porque chegavam notícias de que tinham batido no árbitro, que estavam dando porrada nos policiais. Depois a polícia chegou e ficou tudo tranquilo. Mas ficamos, no mínimo, duas horas dentro do vestiário.
LANCENET!: E a experiência do rebaixamento? Um golpe muito duro?
CARLINHOS: Foi muito ruim, mas serviu para que nós aprendêssemos. Não se pode perder pontos no início para times do mesmo nível. Perdemos para o Goiás, dentro e fora, Barueri. Ali começou a complicar porque estávamos com a cabeça na Copa do Brasil, quando fomos eliminados para o Internacional.
LANCENET!: Após um começo de temporada difícil, você termina o ano como titular absoluto do São Paulo. O que mais mudou ?
CARLINHOS: A confiança de todos. Chego para trabalhar no CT e me olham de outro jeito, chego e sei que estou bem, que vou ajudar.
LANCENET!: E o seu primeiro gol, está demorando para sair?
CARLINHOS: Com confiança, virá. Na hora que tiver que sair, será natural.
Última rodada do Brasileirão. Um empate frustrante leva um clube ao rebaixamento no ano do seu centenário. Tristeza que se funde à barbárie, à correria e ao terror.
Em 6 de dezembro de 2009, Carlinhos Paraíba estava no time do Coritiba que empatou por 1 a 1 contra o Fluminense e, melancolicamente, caiu para a Série B. Com o término do jogo, torcedores revoltados depredaram o estádio e invadiram o gramado. O confronto com a Polícia Militar deixou feridos e causou pavor. Desesperados, jogadores das duas equipes e o trio de arbitragem fugiram para os vestiários atrás de proteção. A cena até hoje não sai da cabeça de quem a viveu.
– Acho que foi um dos piores dias da minha vida – recordou o meia Carlinhos, ao LANCENET!.
Um ano depois, o cenário é completamente diferente. Com certa facilidade, o Coxa conquistou o título da Segundona e volta à elite no ano que vem. O Flu, que se salvou da queda naquele dia, pode sagrar-se campeão brasileiro nesta tarde. E Carlinhos, contratado pelo São Paulo no início de 2010, termina o ano como titular absoluto. Enfim, uma temporada tranquila, não é?
– Até demais! Gostaria de estar disputando o título do Brasileirão ou a vaga na Copa Libertadores, mas sabemos do nosso potencial. Sabemos o que esse grupo pode dar. Se colocarmos isso na cabeça, o ano que vem será o nosso ano – diz.
Mas o caminho até a vaga assegurada entre os 11 titulares do Tricolor não foi nada fácil. Preterido por Ricardo Gomes, quase foi emprestado ao Goiás para o Brasileirão, mas retornou ao apresentar lesão no tornozelo direito. Paciente e em evolução física, atravessou mais um momento de desconfiança com Sérgio Baresi antes de, enfim, crescer com a chegada de Paulo César Carpegiani, que apostou em seu futebol.
Nesta tarde, ao entrar em campo pela 22ª vez com a camisa do Sampa, Carlinhos não terá preocupações. Confiante na força do elenco e em seu potencial, acredita que 2011 será um ano diferente. E que, nas últimas rodadas dos próximos campeonatos, poderá finalmente comemorar um título.
– Estou trabalhando para isso, para arrebentar no próximo ano!
Bate-Bola com Carlinhos Paraíba
Em entrevista ao LANCENET!
'Ficamos, no mínimo, duas horas no vestiário'
LANCENET!: Do que se lembra daquela fatídica tarde no Couto Pereira?
CARLINHOS: Acho que foi um dos piores dias da minha vida. Mesmo diante das dificuldades, não esperávamos aquele tumulto.
LANCENET!: Como foram os momentos após a saída do gramado?
CARLINHOS: Quando entramos no vestiário estávamos preocupados que invadissem o local, com muito medo, porque chegavam notícias de que tinham batido no árbitro, que estavam dando porrada nos policiais. Depois a polícia chegou e ficou tudo tranquilo. Mas ficamos, no mínimo, duas horas dentro do vestiário.
LANCENET!: E a experiência do rebaixamento? Um golpe muito duro?
CARLINHOS: Foi muito ruim, mas serviu para que nós aprendêssemos. Não se pode perder pontos no início para times do mesmo nível. Perdemos para o Goiás, dentro e fora, Barueri. Ali começou a complicar porque estávamos com a cabeça na Copa do Brasil, quando fomos eliminados para o Internacional.
LANCENET!: Após um começo de temporada difícil, você termina o ano como titular absoluto do São Paulo. O que mais mudou ?
CARLINHOS: A confiança de todos. Chego para trabalhar no CT e me olham de outro jeito, chego e sei que estou bem, que vou ajudar.
LANCENET!: E o seu primeiro gol, está demorando para sair?
CARLINHOS: Com confiança, virá. Na hora que tiver que sair, será natural.
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