Após realizar um bom Campeonato Paulista pelo Marília, time do interior de São Paulo, com apenas 15 anos, Ronieli foi procurado por grandes clubes paulistas e optou por vestir a camisa do São Paulo. Com sucesso nas categorias de base, chegou até o time profissional, ficando no banco. Campeão da Copa São Paulo de Juniores em 2010, o atacante foi emprestado para o futebol turco para ganhar experiência. Atualmente no Karsiyaka, o atleta espera o fim de seu empréstimo, em maio de 2011, para voltar à equipe do Tricolor e atuar ao lado de Lucas, Lucas Gaúcho, Zé Vitor, Casemiro, Richard e Uvini, companheiros de base que já estão atuando entre os profissionais.
Em entrevista exclusiva para o site Justicadesportiva.com.br, Ronieli contou como tem sido sua experiência na Turquia, sobre seu maior ídolo no futebol e como foi atuar na fronteira do Iraque.
Site Justiça Desportiva - Como você chegou ao São Paulo e o que encontrou? Jogar num grande clube, com a estrutura do Tricolor, ajuda qualquer jogar em início de carreira, não é mesmo?
Ronieli - Cheguei ao São Paulo no inicio de 2006 através de uma parceria entre São Paulo e Marília, clube em que me destaquei sendo um dos artilheiros do Campeonato Paulista sub-15. Com isso, tive algumas propostas como do São Paulo e Corinthians, e optei pelo São Paulo pela ótima estrutura que tem em relação a tudo. Um clube que proporciona as melhores condições de trabalho e não há duvidas que seja o melhor clube para o início da carreira de um atleta.
Site Justiça Desportiva - Como você analisa o sucesso da geração da Copa São Paulo, que já tem seis jogadores no time profissional (Lucas, Lucas Gaúcho, Zé Vitor, Casemiro, Richard e o Uvini), fora você no futebol do exterior?
Ronieli - Estou muito feliz, pois para mim não foi nenhuma surpresa, porque sabia que isso iria acontecer a qualquer momento. É uma geração vitoriosa, com excelentes atletas, de grande caráter. Sei da qualidade de cada um, são meus grandes amigos e estarei torcendo muito pelo sucesso deles.
Site Justiça Desportiva - Neste momento, qual seu maior objetivo? É um sonho, após o empréstimo, voltar para o Brasil e fazer parte do São Paulo com esses meninos?
Ronieli - Meu objetivo era ganhar experiências, não somente no futebol como também como pessoa e foi isso que aconteceu, estou com outra cabeça. Meu objetivo agora é jogar com a equipe profissional. E o meu maior sonho é voltar a ter uma oportunidade de fazer parte de um time como o São Paulo e ainda mais, com todos os “meus meninos”. Estou me dedicando a cada segundo, me preparando para voltar bem.
Site Justiça Desportiva - Quais as maiores dificuldades que você está encontrando na Turquia? Você tem contato com os brasileiros que estão na Turquia?
Ronieli - O começo sempre é difícil, quando não conhecemos culturas, futebol, etc... Pra mim não foi diferente, encontrei dificuldade no estilo de jogo, que é bem diferente do Brasil, mas com o tempo fui me adaptando apesar do preconceito que eles têm com os mais novos, isso foi a maior dificuldade, além do idioma. Me dediquei bastante e, com foco, muita concentração, fui mostrando nos treinos o meu futebol e conquistando meu espaço. Até agora o único brasileiro que tenho contato é o Thiago, que joga no meu time e tem me ajudado muito, pois está há três anos aqui na Turquia.
Site Justiça Desportiva - Você chega a atuar em jogos na fronteira do Iraque. Como é a questão da segurança em partidas como essa? Dá medo?
Ronieli - Assim que chegamos ao aeroporto, tivemos uma escolta muito grande até o hotel, que fica dentro da Jandarma (exército). Dava muito medo de ver as pessoas parecidas com terroristas e a cidade com partes destruídas. Vencemos o jogo e os torcedores lançaram objetos no campo, cercaram o ônibus, mas apesar disso, deu tudo certo.
Site Justiça Desportiva - Você chegou a revelar que teve oportunidades no São Paulo, mas era muito novo, e com 16 anos já estava na reserva em jogos da Libertadores. Hoje, com 19 e com essa experiência internacional, você já se vê mais maduro e preparado para enfrentar a pressão de um grande clube brasileiro?
Ronieli - Estou mais maduro e pronto para voltar ao São Paulo. Realmente não aproveitei a oportunidade naquela época, talvez por falta de experiência que hoje ganhei com o tempo. Tenho certeza que se eu receber uma nova oportunidade vou aproveitar da melhor forma, pois quero fazer historia com a camisa do Tricolor, fazendo muitos gols e ganhando muitos títulos.
Site Justiça Desportiva - Seu grande ídolo no futebol é o Adriano (Imperador), e você já até comemorou um gol imitando o Hulk para homenageá-lo. Por que o aprecia tanto e o que já aprendeu com ele quando estava no São Paulo?
Ronieli - Ele é meu ídolo, me inspiro muito nele dentro de campo. Me deu muitos conselhos, aprendi muito com ele. Comemorei o gol dessa forma pois era um jogo muito difícil como aquele que ele fez em 2008 na Libertadores imitando o Hulk, comemorando junto ao banco de reservas onde eu estava. E a importância do gol que fiz, me fez lembrar dele. Foi um momento especial. Espero fazer mais gols e comemorar muito (risos).
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