Nesta reta final do Brasileirão você ainda vai suspeitar que muito time correu mais por causa da mala branca. Provavelmente nenhum cartola ou jogador vai confirmar, mas todos conhecem bem o roteiro.
Os dirigentes são os mentores, mas não costumam ficar na linha de frente. O primeiro passo é conversar com um jogador experiente do time e saber se ele tem amigos na equipe para a qual vai a oferta de incentivo.
Normalmente, os boleiros deixam a negociação adiantada para um representante da equipe que vai oferecer o dinheiro concluir a operação.
Na maioria das vezes, é escolhido um empresário que tenha clientes nos dois times. O mais indicado é esse representante viajar para a cidade do jogo em questão, pois o pagamento tem que ser feito o mais rápido possível. Há casos de intermediários que se hospedam no hotel do time a ser premiado.
O pagamento pode ser em dinheiro ou ser feito no dia seguinte à partida. No segundo caso, o intermediário vai ao banco com um jogador, de preferência o capitão, para fazer a transferência. Depois o atleta faz o repasse aos companheiros.
O que ninguém esclarece é de onde sai o dinheiro. Nenhum clube registra em seus balanços despesas com premiação a outros times. A maioria dos cartolas diz que o dinheiro vem de amigos apaixonados pelo time.
Além da questão se é ético ou não receber dinheiro extra para vencer, existe o problema fiscal. Ninguém paga imposto nessas movimentações, ninguém declara essas receitas no imposto de renda. O Ministério Público já recebeu denuncias de uso da mala branca para encobrir desvio do dinheiro de clube. Os cartolas teriam apresentado notas fiscais em altos valores de serviços que não foram prestados, justificando aos conselheiros, quando descoberta irregularidade, que o dinheiro saiu dos cofres para pagar mala branca.
Essa face não esportiva da mala branca deveria ser examinada com carinho pelas autoridades competentes.
Os dirigentes são os mentores, mas não costumam ficar na linha de frente. O primeiro passo é conversar com um jogador experiente do time e saber se ele tem amigos na equipe para a qual vai a oferta de incentivo.
Normalmente, os boleiros deixam a negociação adiantada para um representante da equipe que vai oferecer o dinheiro concluir a operação.
Na maioria das vezes, é escolhido um empresário que tenha clientes nos dois times. O mais indicado é esse representante viajar para a cidade do jogo em questão, pois o pagamento tem que ser feito o mais rápido possível. Há casos de intermediários que se hospedam no hotel do time a ser premiado.
O pagamento pode ser em dinheiro ou ser feito no dia seguinte à partida. No segundo caso, o intermediário vai ao banco com um jogador, de preferência o capitão, para fazer a transferência. Depois o atleta faz o repasse aos companheiros.
O que ninguém esclarece é de onde sai o dinheiro. Nenhum clube registra em seus balanços despesas com premiação a outros times. A maioria dos cartolas diz que o dinheiro vem de amigos apaixonados pelo time.
Além da questão se é ético ou não receber dinheiro extra para vencer, existe o problema fiscal. Ninguém paga imposto nessas movimentações, ninguém declara essas receitas no imposto de renda. O Ministério Público já recebeu denuncias de uso da mala branca para encobrir desvio do dinheiro de clube. Os cartolas teriam apresentado notas fiscais em altos valores de serviços que não foram prestados, justificando aos conselheiros, quando descoberta irregularidade, que o dinheiro saiu dos cofres para pagar mala branca.
Essa face não esportiva da mala branca deveria ser examinada com carinho pelas autoridades competentes.
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