Nesta quarta-feira, faz exatos dois meses que Junior Cesar rompeu o tendão-de-aquiles do pé esquerdo, em um lance isolado, no CT da Barra Funda. Nesse período, o lateral passou por cirurgia, fisioterapia e curtiu a família. Mas o que ele mais fez foi assistir aos jogos do São Paulo.
Agora, na reta final do Brasileirão, Junior Cesar não esconde qual time ele quer que seja campeão.
– Prefiro e vou torcer pelo Fluminense (risos). É um clube que está merecendo essa conquista por tudo que demonstrou dentro da competição. É verdade que hoje está entre Fluminense e Corinthians. Entre os dois, fico com o Fluminense, sem dúvida – afirmou em entrevista exclusiva ao LANCENET!.
A quantidade de vezes que o jogador cita o nome de seu ex-clube deixa claro seu carinho. O camisa 6 foi revelado pelo Tricolor carioca em 2001 e quase conquistou a Libertadores em 2008, quando perdeu na final.
E o Fluminense enfrenta o São Paulo no domingo, em Barueri. Uma derrota, além de ajudar os cariocas, irá atrapalhar o rival Corinthians. Boa hora para entregar o jogo? Não para Junior Cesar...
– Tenho certeza de que o São Paulo vai entrar para poder ganhar. Isso não existe no futebol. O São Paulo, sempre que entra, entra para poder alcançar os seus objetivos, porque existem grandes profissionais aqui dentro. A gente iria treinar duro a semana toda para entregar o jogo? Não existe isso.
Nem os apelos da torcida para que o time perca são capazes de mudar a cabeça do jogador. E, apesar de querer que o Fluminense seja campeão, domingo ele quer uma vitória do São Paulo. Mas uma derrota seria menos dolorosa?
– Acho que não. Se caso o Fluminense venha a ganhar do São Paulo vai ser por competência do Fluminense – respondeu de prontidão.
Polêmicas à parte, o lateral segue firme na sua recuperação. Mesmo adiantado, ele não estará pronto para jogar na estreia do Campeonato Paulista, em 16 de janeiro do próximo ano (leia mais ao lado).
Restam três partidas para Junior Cesar deixar de ser torcedor. Ele não aguenta mais ficar em casa, sofrendo por seus companheiros. E torcendo para o Flu, serão mais dois jogos de sofrimento.
Bate-Bola com Junior Cesar
LANCENET!: Qual foi a pior parte de todo esse processo?
JUNIOR CESAR: O pior foi a cirurgia. Eu nunca tinha feito, então fiquei um pouco receoso. Depois da cirurgia já fiquei um pouco mais tranquilo. Agora já entrou na parte de fisioterapia.
LANCENET!: Então como é que foi esse dia da cirurgia?
JUNIOR CESAR: Foi angustiante. Eu pensei: "O que eu estou fazendo aqui, meu Deus?". Demora um pouco para cair a ficha. É uma coisa nova, que nunca passei na minha carreira, mas foi tranquilo porque tinha médicos da melhor qualidade.
LANCENET!: Como é que está a vida longe dos gramados?
JUNIOR CESAR: A família tem sido fundamental. Eu vinha num momento de muita concentração e fiquei mais próximo deles, claro que não queria que fosse desse jeito, mas acontece. Minha esposa (Neuzimar) e minha filha (Júlia) são meu ponto de equilíbrio.
LANCENET!: E o que você mais fez nesse período de "folga"?
JUNIOR CESAR: Assisti à muito jogo do São Paulo. Você começa a viver uma coisa diferente, sentado no sofá de casa assistindo aos seus companheiros, coisa que você estava acostumado a fazer. Fiquei triste. Não cheguei a chorar, porque tinha pessoas ali que foram fundamentais para mim. Chorei no primeiro dia em que eu me machuquei, depois me confortei, mas a gente fica triste de não poder estar em campo.
LANCENET!: Copa do Brasil em 2011?
JUNIOR CESAR: É, Copa do Brasil. O campeonato não terminou ainda, mas se vier a acontecer, a dedicação vai ser a mesma. Para mim não seria vergonha não. Vai ser uma honra disputar a Copa do Brasil e ter a condição de ser campeão.
Com a palavra Ricardo Sasaki
Fisioterapeuta do clube, ao LANCENET!
"Nessas oito primeiras semanas ele teve de ter paciência. É um momento chato. Agora, no máximo até amanhã vai tirar a bota do pé. Esta proteção consiste em fazer a imobilização, sendo que o jogador já consegue apoiar.
Nesta nova fase ele vai ser liberado para pisar sem proteção. Vai começar a fazer um trabalho melhor, com algumas atividades na água, mas tem de se preservar, ir de leve, e aguardar um pouco.
É difícil fazer planos para o futuro. Ele está bem, em evolução, mas até 12 semanas ainda é uma fase de risco. Junior passou por uma cirurgia. Então, como qualquer outra, é preciso ir com cuidado, respeitando os seus limites. "
Vipcomm
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