Não é só no atual elenco são-paulino que os garotos estão brilhando. Nos Estados Unidos, também tem jogador da base do São Paulo mostrando seu talento. No último domingo, o Los Angeles Galaxy, time dos são-paulinos Leonardo, Alex Cazumba e Juninho, venceu o Dallas FC por 2 a 1 e conquistou o título da Conferência Oeste da Major Legue Soccer (MLS).
O trio são-paulino chegou ao futebol americano no início deste ano. Com empréstimo de um ano com o Galaxy, eles já brilharam logo na primeira temporada. No jogo do título, inclusive, Juninho foi um dos destaques e marcou um gol no triunfo de sua equipe. O astro inglês David Beckahm marcou o primeiro e o volante fechou o placar no segundo tempo.
"É um momento muito especial na minha vida. Tudo aqui está sendo novidade. Foi o meu segundo gol na liga e, com certeza, o mais importante. Fomos campeões da conferência e é um título que marca no clube. Não tenho nem palavras para descrever este momento", disse Juninho.
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Mas, após quase nove meses nos Estados Unidos, se engana quem pensa que tudo foi fácil para os garotos. No começo, a saudade do Brasil e o inglês foram os primeiros obstáculos encontrados. Porém, com muita força de vontade e companheirismo um com o outro, os são-paulinos conseguiram se adaptar ao estilo americano de viver.
"No começo foi bastante difícil mesmo, pois tudo era diferente. A gente falava bastante um "portunhol". Aprendi primeiro o espanhol. Depois comecei a ter aulas de inglês e agora converso bem com as pessoas", completou Juninho.
Titulares na grande parte da campanha do Los Angeles Galaxy, os garotos comprovaram mais uma vez o poder da base do São Paulo. Além deles, Mazola e Henrique, no Guarani e Vitória, respectivamente, também pertencem ao Tricolor e estão fazendo um bom Brasileirão. Como o próprio Juvenal Juvêncio disse recentemente: "A base vai começar trazer aquele planejamento há longo prazo".
Confira a entrevista com Juninho, volante do Los Angeles Galaxy:
Juninho, quais são seus planos de carreira?
Todo jogador que é feito na base do São Paulo sonha em jogar no profissional. Tive a oportunidade de disputar a Sul-Americana em 2008. Aqui no Galaxy também estou recebendo esta chance. É um lugar diferente. Se eu voltar, claro que gostaria de jogar novamente pelo São Paulo.
O fato de você ter ido com o Leonardo e o Alex Cazumba facilitou na adaptação?
No começo, eu sentia aquele vazio né. No Brasil, a gente tinha nossa família e os amigos. Aqui não conhecia ninguém. E foi muito importante a presença deles. Deixamos nossas famílias, mas ficamos juntos aqui e foi legal este momento.
Nas horas de folga do futebol, qual sua programação?
Quando não estamos treinando, nós temos aula de inglês. O convívio aqui é mais neste língua e temos de aprender bem. Também aproveito para ir comer fora com os brasileiros daqui e matar um pouco da saudade do Brasil. A gente sempre procura sair juntos.
E como é esta relação do povo americano com o futebol masculino?
Está sendo uma novidade, pois estão investindo bastante no Soccer (futebol em inglês). Estão contratando jogadores de peso como o Beckahm, Henry, Rafa Marquez... Isso trás um reconhecimento maior. É uma liga forte e competitiva aqui nos Estados Unidos.
Por falar em Beckahm, como é o conviver com ele?
Nunca tinha jogado com um cara assim. É uma satisfação muito grande estar ao lado dele. Um sonho que estou realizando e estou muito feliz. Tem o Donovan também, que é uma espécie Pelé para eles aqui nos Estados Unidos. Me dou muito bem com eles. É um sonho que nunca sonhei (risos).
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