Marcelinho caiu mesmo nas graças do São Paulo. Até mesmo o principal jogador do elenco tricolor se rendeu ao talento do garoto, que virou titular absoluto do técnico Sérgio Baresi. Depois da vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, o goleiro Rogério Ceni elogiou a promoção do atleta entre os profissionais e lembrou que há muito tempo o Tricolor não tinha um meia alçado das divisões inferiores.

"É um grande talento descoberto pelo São Paulo, em uma posição que há muito tempo não encontrava. Geralmente, o clube revela zagueiros e volantes. Mas acho que desde Kaká e Júlio Baptista não víamos um atleta tão talentoso como esse menino. Espero que mantenha a média", elogiou.

Marcelinho começou a carreira ainda garoto no Corinthians, mas se transferiu para as categorias de base do Tricolor em 2005. Aos 18 anos, o jogador foi alçado aos profissionais há poucas semanas e solucionou a falta de criatividade do meio-campo.

"Este menino está fazendo a diferença para nós e vem sendo peça importantíssima. Quando subiu, eu vi a movimentação dele, além de recompor bem no sistema defensivo. Torço para ter juízo, e parece que tem. É de muito bom caráter, tranquilo e ouve bastante. Não mudou nada desde que subiu, e acho muito bacana, porque está no caminho certo", acrescentou o goleiro.

Marcelinho disputou oito partidas pelo São Paulo e marcou um gol, mas também se destaca pela velocidade que impõe ao jogo do time, além de fazer assistências, como na vitória contra o Flamengo, quando deixou Marlos na cara da meta para abrir o placar.

Neste período pós-Copa do Mundo, outros garotos se juntaram ao elenco principal do São Paulo, até porque o técnico Sérgio Baresi conhece muito bem os atletas. Rogério Ceni só faz uma ressalva ao explicar que não é possível escalar todos ao mesmo tempo.

"Quatro ou cinco chegaram ao CT, mas o mais pronto é o Marcelinho. Se o São Paulo carecia de um meia, ele começa a ocupar o espaço. E há também o Casemiro, que vem entrando, além de Zé Vitor, Diogo (promovido antes), Lucas Gaúcho e Bruno Uvini. Mas não adianta colocar cinco da base para jogarem juntos na mesma partida. Isso não seria coisa do São Paulo, mas sim de qualquer equipe", avaliou.

Ceni acredita que o Estadual de 2011 será um ótimo laboratório para testar as promessas. "Será uma oportunidade no Paulista, quando poderiam entrar dois ou três em cada partida. Com isso, você vai descobrindo o potencial de quem pode jogar no São Paulo ou seguir a carreira em outra equipe", finalizou.