O meia Marcelinho viveu uma segunda-feira diferente. Destaque do São Paulo na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-MG, domingo passado, em Ipatinga (MG), o jogador concedeu sua primeira entrevista coletiva no CT da Barra Funda. Aos 18 anos, ele curte seus primeiros instantes de fama, torcendo para que eles durem muito tempo. Contra o Galo, ele marcou seu primeiro gol como profissional (o segundo da vitória tricolor) e ainda fez linda jogada no lance do terceiro, marcado por Fernandão (assista aos gols da partida no vídeo ao lado).
- Telefone está tocando direto. Todo mundo mandando mensagens, ligando. É muito bom começar a ser reconhecido nas ruas. Estou bastante feliz - diz o jogador.
Marcelinho, porém, não se chama Marcelo. Seu nome de batismo é Lucas. Ele acabou ganhando o apelido porque passou por uma escolinha de Marcelinho Carioca em Diadema, na Grande São Paulo, quando tinha seis anos. De lá, foi para uma outra equipe onde havia vários garotos chamados Lucas. Então, buscando um apelido para diferenciá-lo, o professor lhe perguntou por onde ele havia passado. Quando ele citou a escolinha de Marcelinho, acabou batizado.
- Você vai ser Marcelinho.
Não bastasse carregar o nome do ídolo do maior rival são-paulino, Marcelinho passou três anos treinando nas categorias de base do Corinthians (2003, 2004 e 2005). Ele morava na Zona Sul, na região da avenida Cupecê. Tinha de pegar dois ônibus e um metrô para chegar ao Parque São Jorge. Quando recebeu o convite do São Paulo para treinar e morar no centro de treinamento de Cotia, que o clube mantém para as categorias da base, ele não pensou duas vezes. O jovem jogador não revela com todas as letras para qual time torcida quando era menino. Hoje, não tem dúvidas: é tricolor.
- Sempre gostei de ver jogos do Corinthians e do São Paulo, mas foi o São Paulo que me acolheu. Por isso, tenho todo esse carinho pelo clube.
