Poucas horas depois de presenciar os muros do CCT da Barra Funda pichados por provocações de corintianos, em relação ao fato de o novo estádio alvinegro sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, compareceu à festa em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Parque São Jorge. Instantes antes de entrar no local, o mandatário tricolor avisou que não conversará com a imprensa.

De acordo com a assessoria do Clube dos 13, o dirigente são-paulino pediu para os jornalistas não se aproximarem na tentativa de uma conversa, pois garantiu que seria uma situação constrangedora na festa do clube alvinegro.

As relações entre Corinthians e o time do Morumbi tornaram-se tensas nesta segunda-feira, quando a prefeitura paulistana e o governo do estado anunciaram que o estádio do Timão servirá como sede da cidade de São Paulo na Copa do Mundo de 2014, desbancando, de fato, o já vetado Cícero Pompeu de Toledo.

Após o anúncio oficial do Brasil como o país que receberá o Mundial daqui a quatro anos, o Morumbi entrou como o principal palco a representar a maior cidade da América Latina. Entretanto, depois de que o São Paulo defendeu a reeleição de Fabio Koff à presidência do Clube dos 13, a relação entre o clube e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se deteriorou.

O ápice dos entreveros entre o time de Juvenal Juvêncio e a entidade máxima do futebol brasileiro ocorreu em junho, quando a organização oficializou o veto da Fifa ao estádio são-paulino. Durante este mesmo período, o presidente Andrés Sánchez, por outro lado, se aproximou de Ricardo Teixeira e chefiou a delegação da seleção brasileira na Copa do Mundo da África do Sul.

Praticamente um mês e meio depois do término do Mundial, o Corinthians anunciou o seu estádio, surpreendendo pelo fato de o local servir como a sede paulista, e da abertura, do torneio, que será pela segunda vez realizado no Brasil.