Futuro estádio do Corinthians deverá ser a sede paulista da Copa do Mundo de 2014
A escolha do novo estádio do Corinthians para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 no Estado de São Paulo, em detrimento do Morumbi, pode ter um viés político em razão do antagonismo entre o clube tricolor e a dupla Corinthians e CBF. A avaliação é do diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.
A escolha por um estádio que ainda nem foi construído e que, a princípio, não atende à capacidade mínima exigida pela Fifa para o jogo de abertura do Mundial (65 mil pessoas) soou estranha, segundo o dirigente são-paulino.
"Acho muito bom São Paulo ter uma definição de local do estádio. Infelizmente, por razões que todos conhecem, mas por interesses que poucos conhecem, o nosso estádio foi alijado", disse ele, em entrevista exclusiva ao Terra.
"O que estranhos muito foram os pesos diferentes para o processo de escolha. O São Paulo teve um processo de filtragem de projeto, com detalhes, mobilizamos equipes de peso, consultorias internacionais de altíssima reputação, e não conseguimos viabilizar. De repente a CBF coloca em cima da mesa um projeto que ninguém conhece ou sabe".
Jesus Lopes afirmou que não tem "nada contra o Corinthians", mas ressaltou que a condução do processo foi muito "obscura". Nos últimos meses, a ligação entre a CBF e o time do Parque São Jorge se estreitou e o presidente do clube, Andrés Sanchez, chegou a ser escolhido para ser o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo da África do Sul.
O São Paulo, por sua vez, faz há anos oposição à CBF e ao presidente da entidade, Ricardo Teixeira. "Que existe uma divergência entre São Paulo e CBF, até porque enxergamos os lados bons e maus de tudo, de uma maneira diferente, sem dúvida isso ocorre. Não entendo que o Corinthians tem a ver, mas ele se favoreceu e administrou bem esse processo. Foi competente. Todos sabem bem quem é o grande vilão dessa história", disse Jesus Lopes, alfinetando Teixeira.
A CBF alegou que o Morumbi ficou de fora da Copa por não apresentar um projeto adequado às regras da Fifa e por não ter conseguido as garantias financeiras necessárias para as obras de modernização que a competição exige.
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