Em jogo que teve apenas 25 minutos de bom futebol, Atlético-PR e São Paulo ficaram no empate por 1 a 1, em partida realizada na noite deste domingo, na Arena da Baixada, em Curitiba. O resultado final não refletiu o que foi a partida, já que o time da casa dominou a maior parte do tempo e só não venceu porque parou em Rogério Ceni, que brilhou com grandes defesas. O resultado, no entanto, manteve a malidção tricolor no estádio paranaense. Agora são 13 jogos e nenhuma vitória conquistada. Nesse período, o time sofreu oito derrotas e empatou cinco vezes.
O futebol de pouca inspiração das duas equipes se reflete em suas posições na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O Tricolor é o 12º, com 16 pontos, três pontos a mais que o Furacão, que vem três posições atrás. Os dois times voltarão a campo no próximo final de semana pelo Campeonato Brasileiro. No sábado, o Atlético-PR vai até São Paulo para enfrentar o Palmeiras, às 18h30m, no estádio do Pacaembu. No dia seguinte, o Tricolor receberá a visita do Cruzeiro, às 16h, no estádio do Morumbi.
Furacão domina primeiro tempo
Mesmo sem poder contar com seu principal goleador, Bruno Mineiro, que está suspenso, o Furacão tomou a iniciativa e partiu para cima do São Paulo. Com Netinho ajudando Paulo Baier na armação, o time encontrou um Tricolor escalado com três zagueiros, mas não posicionado no 3-5-2. O time entrou no 4-3-2-1, com Renato Silva, Miranda, Samuel e Junior Cesar na linha defensiva. No meio, Rodrigo Souto, Jean e Cleber Santana formaram o trio de marcadores, um pouco atrás de Marlos e Fernandão, que tinha liberdade para encostar em Ricardo Oliveira, que era o único atacante de ofício.
Logo aos dois minutos, Miranda bobeou em saída de bola e o time da casa só não abriu o marcador porque o equatoriano Guerrón falhou na conclusão cara a cara com Rogério Ceni.
Na prática, o esquema tricolor não funcionou. Com exceção de um chute de Ricardo Oliveira, aos 12, que acertou o travessão de Neto, o São Paulo assistiu o seu rival jogar. Carpegiani, inteligentemente, abriu Guerrón pela direita para impedir o apoio de Junior Cesar. Como pela direita, Renato Silva era um falso lateral-direito e preocupava-se apenas com a marcação, o Tricolor concentrou seu jogo pelo meio, o que facilitou muito a marcação adversária.
Como não teve problemas defensivos, o Furacão subiu sua marcação e só não saiu em vantagem no primeiro tempo porque parou em Rogério Ceni. Aos 27, o goleiro são-paulino fez bela defesa em cabeçada de Manoel. Oito minutos depois, Paulo Baier ajeitou dentro da área para Nieto, que se livrou de Miranda e bateu no canto direito do camisa 1 rival, que fez um milagre e espalmou. Já aos 44, após cobrança de escanteio da direita, Rodolpho subiu sozinho e testou no ângulo direito de Ceni. A bola, caprichosamente, passou muito perto do ângulo direito são-paulino.
Etapa complementar
Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. E o Atlético quem chegou com perigo pela primeira vez. Quando o relógio ainda não marcava um minuto, Renato Silva falhou em saída de bola pela direita e, após cruzamento da esquerda, Paulo Baier cabeceou no ângulo direito de Rogério, que voou e fez mais um milagre para manter o 0 a 0 no marcador.
O tempo passou e o panorama da partida não se modificou. O Atlético-PR seguia dominando as ações, embora já não pressionasse como antes. Por isso, aos 16, o técnico Paulo Cesar Carpegiani resolveu dar novo gás ao time, com as entradas de Mithyuê e Maikon Leite nas vagas de Guerron e Netinho. Do outro lado, o São Paulo tinha dificuldade para trocar passes no meio-campo. Como a bola não chegava, Ricardo Oliveira era obrigado a voltar para buscar a bola, que deixava o goleiro Neto sem ter trabalho.
Mas, como o futebol não é lógico, o São Paulo, sem merecer, abriu o marcador. Aos 23, Manoel falhou em jogada pela direita e a bola sobrou para Marlos, que foi até o fundo e cruzou rasteiro para a área para Cléber Santana, que bateu de pé direito no canto esquerdo do goleiro do Furacão, que ainda tocou na bola antes de entrar: São Paulo 1 x 0.
O Furacão não se abateu e foi em busca do prejuízo. E precisou de apenas cinco minutos para deixar tudo igual no marcador. Aos 28, Nieto recebeu na área e tocou para Maikon Leite que, no primeiro chute, foi travado por Samuel. Ele mesmo pegou a sobra, fintou Renato Silva como quis e bateu no ângulo de Rogério Ceni que, desta vez, não pode fazer nada: 1 x 1 no marcador.
Com os gols, o jogo finalmente ganhou vida e passou a se tornar agradável. Logo depois de empatar, o Furacão ficou com dez homens, já que o zagueiro Manoel, que já tinha cartão amarelo, fez falta feia em Junior Cesar e foi expulso. Com mais espaço, o São Paulo foi ao ataque e, aos 32, só não marcou o segundo gol porque Neto fez defesa brilhante em chute de Ricardo Oliveira. No rebote do mesmo lance, Cleber Santana bateu de pé direito de fora da área e a bola raspou a trave direita adversária.
No final, mais emoção. Para dar mais força ao ataque, Milton Cruz sacou o apagado Fernandão e colocou Fernandinho no seu lugar. Mas foi o Furacão quem quase fez o segundo. Aos 41, Maikon Leite recebeu na área, cortou a marcação de Samuel e, na hora do chute, foi travado por Renato Silva, que salvou o Tricolor.
FICHA TÉCNICA
Estádio: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Data/hora: 8/8/2010 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (Fifa-RJ) e Marco Aurélio Pessanha (RJ)
Cartões amarelos: Manoel (ATL); Miranda, Samuel, Ricardo Oliveira, Cleber Santana (SÃO)
Cartão vermelho: Manoel, 28'/2T (ATL)
GOLS: Cleber Santana, 22'/2T (SÃO); Maikon Leite, 27'/2T (ATL)
ATLÉTICO-PR: Neto, Leandro (Branquinho, 25'/2T), Manoel, Rhodolfo e Paulinho; Chico, Vitor, Paulo Baier e Netinho (Maikon Leite, 16'/2T); Guerrón (Mithyuê, 16'/2T) Nieto.
Técnico: Paulo César Carpegiani.
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Renato Silva (Carlinhos, 44'/2T), Miranda e Samuel; Jean, Rodrigo Souto, Cleber Santana, Marlos (Marcelinho, 44'/2T) e Junior Cesar; Fernandão (Fernandinho, 40'/2T) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Milton Cruz.
MELHORES MOMENTOS
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