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A CBF não faz nada de graça

Antecipar a janela para inscrever jogadores que voltam do exterior para o futebol brasileiro foi casuísmo puro.

Assim como a palavra saudade só existe na língua portuguesa, a palavra casuísmo parece fazer mais sentido num país como o Brasil.

Aqui é corriqueiro se mudar regras ou tentar muda-las a cada novo fato ou a cada novo interesse.

A regra do jogo, certa ou errada, dizia que a janela de transferência se abriria no dia 3 de agosto próximo.

Até a semana passada era também o que dizia a Confederação Brasileira de Futebol.

Diante disso o Internacional não poderia inscrever pelo menos três novos jogadores na fase semifinal da Libertadores da América que também já deveria ter terminado antes da Copa do Mundo.

Como Rafael Sóbis, Tinga e Renan só estariam legalizados na CBF a partir de 3 de agosto e o primeiro jogo da semifinal é no próximo dia 28 de julho, estariam fora do prazo.

Com a antecipação da janela para ontem há tempo hábil para a inscrição dos jogadores antes da primeira partida da semifinal como manda o regulamento da Libertadores, que pelo que se sabe “ainda” não foi modificado.

A CBF alega que fez um pleito à Fifa pedindo a antecipação da janela, janela esta que a própria entidade internacional fixou para o futebol brasileiro.

É a velha atitude dos dissimulados que se fingem de bonzinhos.

A CBF faz de conta que ajudou todos os clubes do futebol brasileiro que contrataram antes da janela, mas a verdade o que ela quer mesmo é atingir o São Paulo. A chance apareceu e ela aproveitou.

É uma briga que ainda vai dar muito o que falar e na qual até a Fifa está envolvida. É só lembrar do assunto Morumbi-Copa 2014.

O São Paulo passou a ser um entrave nas pretensões das entidades em questão para a construção de um novo estádio em São Paulo quando colocou o Morumbi à disposição da Copa.

Pode não ter impedido a construção da nova Arena Elefante Branco, mas pelo menos atrasou os planos de gente muito interessada no assunto.

É briga de cachorro grande mesmo. Agora toda a vez que tem a chance a CBF dá uma espetadinha no São Paulo para mostrar quem manda ou quem tem o poder de verdade.

Já que a CBF envidava esforços para liberar os jogadores antes da janela, devia ter avisado o seu filiado, no caso o São Paulo, que podia buscar reforços também no exterior que a chance de liberação era muito grande.

O que fez a nobre entidade. Enviou um documento garantindo que a janela não seria antecipada de jeito nenhum.

É claro que o Internacional se beneficiou da medida pois poderá reforçar o time num momento decisivo da Libertadores.

O time gaúcho defendeu os seus interesses e a Federação Gaúcha fez o que a Federação Paulista de Futebol não fez. Ela defendeu o seu filiado e brigou por ele.

A FPF é um braço da CBF nessa briga contra o São Paulo e não fez absolutamente nada. Ficou assistindo e a gente já sabe torcendo para quem.

Foi uma coadjuvante da Federação Gaúcha na história. Mas se perguntarem, ela vai se defender também como fazem os dissimulados bonzinhos.

Dirá que estava preocupada em liberar Bobadilha para o Corinthians e Keirrison para o Santos.

Nessa história, no entanto, não há santos. Nem de um lado, nem de outro. Mas há alguns demônios com poder ilimitado.

Em tempo: No São Paulo, o dirigente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, acha que houve manobra e retaliação por parte da CBF contra o São Paulo, já o dirigente João Paulo de Jesus Lopes prefere elogiar a ação da Federação Gaúcha defendendo o seu filiado e diz que o Internacional apenas cuidou do seu interesse. Não há nada a reclamar.

Só mais uma coisa antes que os torcedores-comentaristas digam novamente que o São Paulo inscreveu Raí numa final de Paulista, eu lembro que o regulamento da época permitia e que o regulamento da Libertadores dizia quando da final com o Atlético Paranaense que a decisão só podia ser disputada em estádio com capacidade de 40 mil lugares para cima, como diz ainda hoje.

A Arena da Baixada, casa do Atlético, em Curitiba, não tinha essa capacidade, por isso o primeiro jogo da final aconteceu no Beira Rio, em Porto Alegre. Certo ou errado, estava no regulamento, não foi modificado na última hora.

Não dá para comparar virada de mesa ou alteração da regra no meio do jogo com essas duas questões que estavam dentro da lei naquela ocasião. Se a lei é ruim, muda-se a lei, o que não pode é mudar com o jogo em andamento. É o que eu penso.

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