De Vitor Birner

São Paulo 1×2 Avaí

Só no início melhor

O São Paulo, após bom período para treinos e recondicionamento físico, entrou em campo com obrigação de vencer o Avaí.

A maior novidade no time catarinense, que não marcava gols desde a terceira rodada, era Antônio Lopes no lugar de Péricles Chamusca. Aliás, boa troca para a equipe da Ressacada.

Os 15 minutos inciais foram são paulinos. Logo de cara os anfitriões pediram pênalti quando a bola tocou na mão do zagueiro Gabriel. O apitador acertou ao deixar o jogo seguir. A melhor oportunidade foi na perigosa cobrança de falta de Rogério Ceni.

Marcando a partir do meio-campo, os volantes dos visitantes acabaram levando cartões amarelo.

E Antonio Lopes mandou pressionar a saída de bola.

Avaí acerta trabalho defensivo e cresce

A nova postura mudou a cara do confronto. Roberto e Robinho, os atacantes, pressionaram a saída de bola. Caio e Rudnei marcavam pouco atrás na direita, Rivaldo e o capitão Marcinho Guerreiro faziam o mesmo na esquerda. A linha de 4 defensiva ficou bem protegida.

O time do Morumbi era incapaz de fazer a transição com a gorduchinha pelo chão. Hernanes sumiu. Jean e Junior Cesar, os alas, ficaram presos. Rodrigo Souto falhou na missão de sair com a bola. Richalyson, a opção para “surpreender”, também não teve competência para fazer a dita cuja chegar em Marlos, Dagoberto e Fernandão.

O adversário passou a levar perigo. Roberto, do lado esquerdo da defesa sãopaulina, nas costas de Richarlyson e Junior Cesar, quase abriu o marcador aos 16. Chutou na trave, cara a cara com Rogério Ceni. Aos 20, teve outra chance boa em lance similar.

Alex Silva, homem da sobra na linha de 3 zagueiros montada por Ricardo Gomes, era obrigado a cobrir e perdia na velocidade para Roberto, algo ilógico pois seus 2 companheiros daquele lado são rápidos. Ele e Richarlyson levaram amarelos.

O Avaí manteve o bom trabalho nos desarmes, entretanto parou de criar. O meio-campo apagado e as falhas de passes comprometiam o desempenho do São Paulo.

A etapa complementar começou parecida com a anterior.

Nada de interessante acontecia.

Ricardo Gomes erra na substituição e complica o São Paulo

Desconfio que para melhorar a saída de bola, aos 15, Ricardo Gomes substituiu Rodrigo Souto por Cleber Santana. Antonio Lopes acabara de trocar Robinho por Vandinho, o mesmo com passagem pelo Flamengo.

O treinador do Avaí aumentou a força do contra-ataque e das jogas em velocidade. O do São Paulo deixou um baita buraco no meio e o futebol cobrou o preço das decisões rapidamente.

Patric, lateral-direito, chegou com liberdade, sem marcação no meio e chutou. Roberto desviou com categoria e fez 1×0 aos 16. Logo depois, aos 18, quase o Avaí ampliou. No vigésimo minuto, de novo em contra-ataque, conseguiu o 2×0. com Vandinho.

Árbitro e auxiliar não deram pênalti em Dagoberto

Aos 23, o atacante foi derrubado na área. O árbitro Francisco Nascimento e o auxiliar Erich Bandeira viram a infração fora da área. Era pênalti, mas eles deram falta.

Pressão desordenada

Com mais garra que organzação o São Pasulo foi para cima. Continuou exposto aos contragolpes, contudo o Avaí parou de levar perigo.

Aos 31, Hernanes balançou a rede.

O jovem goleiro Renan garantiu a vitória de seu time depois.

Na maior parte do jogo, os catarinenses foram melhores.

Ricardo Gomes tinha opções, mas não as utilizou

Jorge Wagner, Fernandinho, Washington, Diogo e Xandão estavam no banco. Ricardo Gomes poderia ter tentado o 4-4-2, 4-3-3, mudado a forma do seu time atuar, porém se limitou a substituir, quase no fim, Hernanes por Washington.