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Técnico na base, Zé Zérgio relembra da carreira

Craque das décadas de 70 e 80 é técnico nas categorias de base do São Paulo

Muitos são os fatores que podem levar um jogador de futebol a se tornar ídolo de um grande clube como o São Paulo. Conquistas, grandes atuações, postura dentro e fora do gramado, paixão pela camisa que veste...



Todas essas qualidades podem ser encontradas em um único nome, José Sérgio Presti. Ou Zé Sérgio, para quem ama o futebol e torce para "O Mais Querido".



Zé Sérgio marcou época com o manto tricolor ao longo dos oito anos em que defendeu as cores do clube mais vencedor do Brasil. Foram 355 partidas com 49 gols anotados. Em todas elas, Zé Sérgio levou apenas sete cartões amarelos e um único cartão vermelho.



Marcado pelos dribles desconcertantes e pela velocidade com que chegava ao ataque pelo lado esquerdo, o craque chegou ao São Paulo pelas mãos de seu primo Rivelino, ídolo em um dos maiores rivais do Tricolor Paulista. Das categorias de base para os profissionais foi "um pulo". Em 13 de junho de 1976, o atacante estreou no time principal contra o América de Rio Preto, em partida válida pelo Paulistão.



A Seleção Brasileira também teve sua camisa envergada por Zé Sérgio, que disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, e ficou ausente em 1982, na Espanha, por conta de uma das seguidas contusões que o atormentaram durante a carreira.



Desde 2003 como técnico nas categorias de base do São Paulo FC, Zé Sérgio, hoje com 53 anos, atualmente comanda a equipe Sub-17 que disputa o Campeonato Paulista da categoria, além de torneios no exterior. À frente do Sub-17, ele foi bicampeão mundial de clubes em 2007 e 2008, em Toledo/ESP. Entre outras conquistas para o São Paulo, estão as revelações de atletas como o zagueiro Breno e o volante Denilson, que passaram pelas mãos do agora habilidoso treinador de futebol.







Confira trechos da entrevista com Zé Sérgio:


Fale um pouco sobre estes anos todos de São Paulo. Sua carreira como atleta e agora como técnico.



Eu tenho 53 anos. Comecei minha carreira aqui com 16. Então todo esse tempo da minha vida foi praticamente ligado ao São Paulo. Foram 11 anos em uma primeira etapa e agora são 7 anos trabalhando com as categorias de base. São 18 anos de trabalho no clube.



Para mim é uma empresa excepcional. Um clube excepcional onde existem pessoas sérias trabalhando. O sucesso do São Paulo ao longo de sua história não é por acaso. Isso é fruto do trabalho, da seriedade com que as coisas são conduzidas. Fico muito orgulhoso de participar de uma família, de uma empresa e de um clube do nível como o do São Paulo.



Como é para você lidar com a garotada? Além do trabalho em campo existe também o trabalho nos bastidores, no dia a dia com os meninos. Fora do campo você precisa ter algum cuidado como teria um pai com seu filho?



É um trabalho realmente de formação, para as equipes do nível do São Paulo. É muito diferente, por exemplo, de você ser simplesmente um técnico, trabalhar só dentro de campo, trabalhar só tecnicamente, taticamente, com os fundamentos. O mais importante é trabalhar o emocional desses garotos, porque para jogar na equipe principal do São Paulo precisa ter um emocional muito forte.



Um emocional forte os ajuda a entender que o São Paulo não é simplesmente um clube ou uma base. Nos preocupamos em formar atletas para trabalhar, e ter um emocional forte faz com que no futuro eles possam trabalhar em uma seleção brasileira, aguentar o nível de uma Copa Libertadores ou a final de um Mundial de Clubes.



O objetivo do São Paulo é formar atletas de qualidade que estejam preparados para trabalhar, por exemplo, na Europa. Trabalhar o emocional desses garotos é muito importante e o São Paulo se preocupa muito com isso.



Como foi sua passagem pela Seleção Brasileira e a disputa da Copa do Mundo de 1978? Como você vê as chances da seleção de Dunga chegar ao hexa?



Tive uma ascensão muito rápida aqui no São Paulo e logo no primeiro ano cheguei ao posto de titular, com 20 anos. Fui convocado para a Copa do Mundo de 1978 na Argentina, onde a equipe praticamente ficou invicta, mas chegou em terceiro lugar porque era diferente o esquema. Nós empatamos contra a Argentina e aí teve um probleminha com o Perú (A Argentina venceu o Perú por 6 a 0 e contou com a colaboração do goleiro peruano Quiroga, nascido na Argentina) e acabamos ficando fora da final disputando e vencendo o terceiro lugar contra a Itália.



Esse ano a coisa é diferente.



O Brasil sempre foi privilegiado em relação a formar seleções. Dessa vez eu vejo de uma maneira diferente. Ele formou uma equipe de futebol. Então a expectativa não é de uma seleção dos melhores do país e sim a formação de uma equipe forte da qual se pode esperar um futebol forte, mas não de qualidade, como sempre teve o Brasil.



Temos o exemplo de 1982 em que eu só não participei por problema de contusão. Foi uma equipe excelente, mas não ganhou. Tudo bem, faz parte da história do Brasil. A Copa do Mundo de 1970 o Brasil venceu, foi também uma excelente seleção.



A expectativa para essa equipe é que ela seja campeã. Não há a expectativa de que ela vá mostrar uma grande qualidade, mostrar realmente o que é o futebol brasileiro.



Nós estamos torcendo dentro dessa perspectiva. As outras seleções respeitam demais o Brasil, por isso nós temos grandes chances de ser novamente campeões.

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