Cartolas são-paulinos ainda alimentam a esperança de ter o Morumbi no Mundial de 2014. Para isso, defendem que os políticos paulistas não devem se submeter à vontade das esferas esportivas -no caso, o COL (Comitê Organizador Local) da Copa.
Assim, os dirigentes do clube lavam aos mãos e transferem aos políticos a responsabilidade pela reinclusão do estádio no torneio.
O São Paulo diz que só aguarda uma decisão. Se ela for positiva, então a engrenagem pode ser religada, como descreveu um cartola são- -paulino à Folha. Dirigentes do clube argumentam que nem a Fifa nem o COL podem ter mais poder que o Estado.
Nessa linha, acreditam que uma atitude mais firme dos governantes paulistas poderia virar o jogo. Justificam que, por isso, o silêncio do clube neste momento é a melhor estratégia.
Um indício de que o Morumbi ainda não foi totalmente descartado como sede do Mundial pode ser encontrado nas notas oficiais divulgadas pelo São Paulo sobre o episódio. Em nenhum momento citam nominalmente Ricardo Teixeira, o presidente da CBF e do COL.
Apesar de o motivo alegado pelo COL para a exclusão do Morumbi ter sido estritamente técnico, é fato que Teixeira e Juvenal Juvêncio, o presidente do São Paulo, são tradicionais desafetos.
O atrito se acirrou durante a eleição do Clube dos 13.
Os boatos de exclusão do estádio do Morumbi da Copa de 2014 ganharam força logo após a derrota de Kléber Leite, candidato à presidência apoiado por Teixeira e contra quem Juvenal se alinhou.
Com a exclusão do Morumbi do Mundial, duas opções se apresentam ao comitê paulista: o estádio de Pirituba e a nova arena do Palmeiras. No primeiro caso, ainda em fase de projeto, é quase certa a necessidade de investimento público, o que as três esferas de governo repudiam em seus discursos.