São Paulo, SP, 21 (AFI) - A preguiça foi a mesma dos jogos anteriores, mas a eficiência também. De novo sem apresentar o tal do futebol bonito exigido pelo presidente Juvenal Juvêncio, o São Paulo bateu um fragilizado Mogi Mirim, por 3 a 0, na tarde deste domingo, no Morumbi, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista.

Esta foi a quinta partida sem derrotas do Tricolor, sendo quatro vitórias e um empate. A boa fase consolida o time dentro do G4 e a vaga ficada cada vez mais paupável. O Sampa se mantém na terceira colocação, mas agora com 30 pontos. Cinco a mais que a quinta colocada Portuguesa.
Em compensação, o Mogi, que teve problemas com intoxicação no elenco, perde a invencibilidade do técnico Jose Carlos Serrão. O treinador vinha de três vitórias e só um empate. O Sapo é o 12º colocado, com 18 pontos, e ainda sonha com o Título do Interior.
Que preguiça é essa?
O São Paulo começou a partida com sua tradicional sonolência, principalmente quando enfrenta times pequenos. Em um ritmo bem cadenciado, o time parecia não estar muito a fim de jogo. Melhor para o Mogi Mirim, que tentava se superar, após ter vários jogadores acometidos por uma intoxicação.

Aos 13 minutos, entretanto, após um lance polêmico o Tricolor chegou ao primeiro gol. O lateral Júnior César levantou bola da esquerda e o árbitro Robério Pereira Pires enxergou um empurrão do zagueiro Luizão no atacante Washington. Na cobrança de pênalti, Rogério Ceni não desperdiçou.

Apesar dos desfalques de última hora, casos do zagueiro Fábio Sanches e do atacante Zulu, o Sapão buscou o ataque, após gol. Aos 22 minutos, por muito pouco, não fez seu gol. Após escanteio da direita, a bola sobrou para o lateral Raí, que bateu cruzado para defesa de Rogério Ceni. No rebote, Luís Mario na entrada da pequena área chutou em cima da zaga.

Sonolência até os minutos finais
Nos minutos seguintes, entretanto, o jogo voltou a ficar sonolento. O Sampa priorizou a troca de passes, mas a passo de tartaruga. Prova disso, é que até os 40 minutos, o time havia finalizado só uma vez a gol, contra duas do adversário.

Mesmo sem forçar, o time do Morumbi ainda encontrou espaço para marcar o segundo. O meia Cléber Santana tabelou com o atacante Fernandinho, invadiu a área e bateu na saída do goleiro Alex Alves. O mesmo Cléber Santana quase anotou o terceiro, dois minutos depois. Ele soltou uma bomba de fora da área e carimbou a trave esquerda.

Melhorou, mas só um pouco
Após assistirem dois times muito lentos na primeira etapa, os torcedores puderam ver um futebol mais dinâmico na segunda. Aos três minutos, o São Paulo quase marcou o terceiro. Fernandinho avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. O goleiro Alex Alves desviou, Washington chegou de trás, chutou em cima do arqueiro e depois cometeu a falta.

O lance acordou o Mogi, que criou duas boas oportunidades em sequência. Aos nove, o lateral Raí recebeu passe do volante Ricardo Oliveira na área, mas chutou para fora. Aos, 12, após cobrança de escanteio de Luís Mário, o zagueiro Thiago Couto, na pequena área, cabeceou para fora.

Depois dos sustos, o Tricolor voltou a assumir as rédeas da partida e voltou a tocar bola no campo ofensivo. Aos 18, o time desperdiçou a melhor chance de liquidar a partida. Jorge Wagner lançou Hernanes, que invadiu a área, mas bateu em cima de Alex Alves.

Mesmo com a derrota, o Mogi não adotou uma postura como é comum. O São Paulo seguiu buscando mais o ataque, embora não fosse tão incisivo. Aos 47, em uma bela jogada individual de Hernanes, o time da casa fez o terceiro.

Próximos Jogos
Na próxima quarta-feira, às 21h50, o São Paulo volta a campo para enfrentar o Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Enquanto isso, o Mogi Mirim joga contra o Grêmio Prudente, na quinta-feira, às 19h30, no Estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente.

Ficha Técnica

São Paulo 3 x 0 Mogi Mirim

Local: Estádio Morumbi, em São Paulo
Árbitro: Robério Pereira Pires
Público: 9.763 pagantes
Cartões Amarelos: Léo Lima e Cléber Santana (São Paulo); Luizão, Geovane e Thiago Couto (Mogi Mirim)
Gols: Rogério Ceni aos 13'/1T, Cléber Santana aos 40'/1T e Hernanes aos 47'/2T (São Paulo)

São Paulo
Rogério Ceni; Cicinho, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Rodrigo Souto, Hernanes, Cléber Santana e Léo Lima (Jorge Wagner); Fernandinho (Marcelinho Paraíba) e Washington (Marlos).
Técnico: Ricardo Gomes

Mogi Mirim
Alex Alves; Audálio, Luizão e Thiago Couto; Niel (Paulo Henrique), Ricardo Oliveira, Baraka, Willian Favoni (Zulu) e Raí; Luís Mário (Marcelo) e Geovane.
Técnico: José Carlos Serrão