Nação tricolor;
A vitória em cima do â€Chelsea do interior†era obrigação mas, com uma boa atuação (e um show de gols de Fernandinho) no segundo tempo o São Paulo cumpriu bem seu objetivo na Arena Barueri e, de quebra, mostra ao torcedor uma nova faceta de ataque.
O time foi a campo desfalcado de vários jogadores que participaram do jogo na Colômbia. O São Paulo foi escalado no 4-4-2 com Rogério Ceni, Alex Silva, Miranda, André Luis e Junior Cesar. Rodrigo Souto, Richarlyson, Hernanes, Léo Lima. Dagoberto e Henrique.
Começou o jogo e o Maior do Mundo fez seu gol relâmpago. Léo Lima de fora da área acertou um belo chute, contando com a incrÃvel colaboração do goleiro Luiz Carlos, do Monte Azul. Mesmo com a facilidade o tricolor se complicou no primeiro tempo e, pelos lados do campo, cedeu algumas oportunidades para o adversário de empatar a partida. O meio campo falhava muito e não tinha um pingo de criatividade. Na minha opinião, essa carência é fruto de vários jogadores fazerem a mesma função. Mesmo com a viória parcial, o time foi para o intervalo devendo muito.
Veio a segunda etapa e a dupla Milton Cruz/Ricardo Gomes sacou o centroavante da equipe (Henrique) para promover a estréia de Fernandinho. A idéia era trabalhar com mais movimentação os contra-ataques com a habilidade e rapidez da nova dupla. Não tinha como ter sido melhor a estréia do garoto: Em 45 minutos Fernandinho virou artilheiro do clube na competição, com quatro tentos e um aproveitamento de 100% nos chutes a gol. Fora isso, o meio campo se melhor organizou e trabalhou mais nos lançamentos e infiltrações para Dagoberto e o próprio artilheiro do dia. O jogo ficou aberto, os jogadores jogaram contagiados pelos gols e até o adversário teve chances. Mas é melhor asim que um jogo amarrado, burocrático e vencido pelo placar mÃnimo.
Claro, estávamos jogando “contra o vento†e por isso não devemos nos animar com o placar. Mas, melhor que a goleada, a entrada de Fernandinho no jogo mostrou ao técnico e escancarou para a torcida que o time pode sim jogar com dois atacantes rápidos na frente, sendo municiados por um meio-campo brigador. Aà sim, jogadores como Hernanes, Léo Lima e até Cléber Santana funcionam. A idéia de formatar uma defesa sólida e um meio consistente, roubando bolas para as descidas dos atacantes me agrada. Boa dor de cabeça para a comissão técnica e, principalmente, para Washington e Marcelinho.
Fazia tempo que um jogador não fazia quatro gols numa estréia. Rogério Ceni nos lembrou que Guilherme havia feito isso em 1993. Portanto, sem nos animar muito, podemos resumir o jogo de hoje em cinco palavras eu diria: “Fernandinho, Fernandinho, Fernandinho, Fernandinho, Fernandinho.â€
Que venham dias melhores ainda que este!
Saudações tricolores!
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni Teve mais trabalho que eu pensava. Sem culpa no gol. Nota: 7,0
Alex Silva Ninguém vai falar dele, mas foi uma reestréia altamente positiva, mesmo jogando na ala direita. É um baita jogador, não errou quase nada, mesmo vindo de grave contusão e atuando a partida inteira. Vai contribuir muito neste ano. No final do jogo fez dupla com André Luis, na saÃda de Miranda e entrada de Cicinho. Nota: 8,5
Miranda Boa partida. Saiu para descansar da estafante viagem. Nota: 7,5
André Luiz Partida segura, ao lado do xerifão. Não teve erros significativos. Nota: 7,5
Junior Cesar Mesmo tÃmido no apoio (principalmente na segunda etapa) acho que deveria ter mais chances na ala esquerda. Achei que falhou no gol do Monte Azul. Nota: 6,0
Rodrigo Souto Para mim foi essa a sua estréia. Falta ritmo de jogo mas é bom dar mais oportunidades a ele. A qualidade do meio campo vai crescer. Nota: 6,5
Richarlyson Confuso na marcação no primeiro tempo. Na segunda etapa cresceu como quase toda a equipe e participou bem do jogo. Nota: 6,5
Hernanes Péssimo primeiro tempo. No segundo se redimiu, comandando o meio e passando com excelência. Ótima assistência no terceiro gol. Nota: 7,5
Léo Lima Jogou bem na primeira etapa e na segunda. Foi o mais regular; fez um gol e deu uma bela assistência para outro. Nota: 8,0
Dagoberto Voltou de contusão e fez uma boa partida, tentando jogadas e se movimentando bastante. Foi substituÃdo na segunda etapa, quando cansou um pouco. Para mim, tem lugar no time. Nota: 7,5
Henrique Infelizmente a morosidade do meio não permitiu que participasse do jogo com mais atividade. Teve uma boa chance na pequena área e saiu no intervalo. Ótima opção de um centroavante mais leve. Nota: 5,5
Fernandinho O nome do jogo, artilheiro do clube na temporada em apenas 45 minutos. Atuação de gala e uma grande dor de cabeça para o então titular Washington. Tomara que cresca com uma boa preparação e uma boa sequência. Tem que ter lugar no time, senão a pressão será grande por ele. Nota DEZ!
Cicinho Entrou no fim para dar descanso ao Miranda. Pouco tempo com a bola. Sem nota.
Cléber Santana Outro que pegou pouco na bola mas pode ser beneficiado com dois atacantes rápidos em campo. Sem nota.
Milton Cruz/Ricardo Gomes Essa vitória foi obrigação para um clube gigantesco e soberano como o São Paulo. Agora, com a iminente entrada de Souto, Alex Silva e Fernandinho, mais o reforço de Dagoberto, esse time TEM que ser definido de uma vez. Sem xurumelas nem enrolações. Tratem de dar a escalação e o padrão para a equipe e peçam clemência para a diretoria priorizar a LIBERTADORES quando tivermos jogos importantes. Uma coisa acertadÃssima foi a entrada do Fernandinho no intervalo. Pensei que seria aos 30 do segundo tempo. Por isso, nota: 7,5
Torcida Enfim o torcedor se animou na Arena com um jogador que motivou toto um time. Se eu conheço a torcida do São Paulo, a dupla Milton Cruz/Ricardo Gomes verá muitos pedidos por um ataque veloz a partir da próxima partida. Não se pode desprezar um jogador que, em 45 minutos, se tornou artilheiro isolado da temporada.
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