A quarta-feira foi agitada para Cicinho. Ele chegou pela manhã a São Paulo, após uma viagem longa a partir de Roma, seguiu direto para o CT da Barra Funda, treinou e, por incrível que pareça, jogou por alguns minutos durante a vitória sobre o Monterrey por 2 a 0, pela estreia na Libertadores.

Segundo Ricardo Gomes, o histórico do atleta no clube fez com que ele atuasse já nesta quarta. “Ele chegou hoje e jogou. Como se explica isso? É um jogador que tem uma história no São Paulo, já conhece alguns jogadores e estava no meio de uma temporada. Foi um risco calculado, fizemos uma análise no CT e achamos que suportaria uns 20 minutos. Só foi possível porque era o Cicinho. Não o conheço tão bem, mas a comissão técnica conhece", explicou o técnico.

O lateral-direito foi ovacionado em seu retorno ao time tricolor após quase cinco anos de Europa. "É gratificante o reconhecimento ao trabalho que fiz aqui", celebrou.

“Eu cheguei, trabalhei 45 minutos, fiz esteira, bicicleta e minha musculatura estava boa. Vi que tinha condições de entrar um pouquinho. Agora espero estar à disposição no sábado [contra o Ituano, pelo Campeonato Paulista]”, comentou o atleta de 29 anos.

Cicinho começou a partida diante do rival mexicano no banco de reservas. No entanto, seu nome não parou de ser gritado. Aos 30min do segundo tempo, ele entrou no lugar de Richarlyson. De acordo com o Datafolha, foram seis passes certos. Sempre que tocou na bola, a torcida o aplaudiu muito.

O São Paulo acertou o empréstimo do lateral junto à Roma, da Itália, até o dia 30 de junho. No entanto, caso a equipe paulista avance às finais da Copa Libertadores, o clube italiano já se comprometeu a prorrogar a liberação do atleta.

Com a camisa do São Paulo, em sua primeira passagem (2004 e 2005), Cicinho jogou 126 partidas e marcou 21 gols. Foi campeão paulista, da Libertadores e Mundial.