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Tricolor aposta no 'Mister Libertadores' para conquistar o tetra sul-americano

Jorge Wagner disputará a sétima edição do torneio na carreira

O São Paulo estreia na Taça Libertadores da América na noite desta quarta-feira apostando na experiência para fazer bonito e conquistar o tetracampeonato sul-americano. E Ricardo Gomes tem no grupo dos 25 inscritos um jogador que conhece como poucos a principal competição continental: Jorge Wagner, ou melhor, o Mister Libertadores.


O camisa 7 do time do Morumbi disputará sua sétima edição do torneio. Foi campeão em 2006 defendendo o Internacional, que na final derrotou o time do Morumbi. Com muitas histórias para contar, esse baiano de 31 anos conversou com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM e, além de falar sobre cada participação sua, deixou claro o que o time precisa fazer para, desta vez, sair vencedor.
- Eu me sinto um privilegiado por ter disputado tantas vezes o torneio mais importante da América. É uma coisa que exige experiência porque não é nada fácil vencê-la Tive a alegria de ganhar uma vez com o Inter e só eu sei o quanto foi difícil. São rivais de qualidade, pressão de torcida, arbitragem, enfim, tem de estar preparado para tudo.



Abaixo, Jorge Wagner conta um pouco de cada participação sua na competição sul-americana.



2001 - No Cruzeiro (eliminado nas quartas de final pelo Palmeiras)



- O time era comandado pelo Felipão (Luiz Felipe Scolari). Eu tinha acabado de ser contratado junto ao Bahia. Logo virei titular e me lembro que fomos eliminados pelo Palmeiras no Palestra Itália. Fiz um gol no tempo normal, e a partida acabou empatada por 3 a 3. Nos pênaltis, não tivemos sorte e perdemos.

2003 - No Corinthians (eliminado nas quartas de final pelo River Plate)



- Lembro que enfrentamos o River Plate, e foram dois jogos muito parelhos. Perdemos na Argentina por 2 a 1 e marquei um gol. No jogo de volta, no Morumbi, estávamos bem em campo e teve aquele episódio do Roger (que escutou o Geninho mandar pegar, fez uma falta em D'Alessandro e foi expulso). Foi frustrante demais porque se criou uma grande expectativa naquela época. E com o River realmente o Corinthians não dá sorte porque em 2006 foi eliminado de novo.



2006 - No Internacional (campeão)



– Foram dois jogos muito parelhos contra o São Paulo. Vencemos no Morumbi na ida e depois empatamos no Beira-Rio. Lembro que o Ricardo Oliveira, que pertencia ao Betis, não pôde jogar no Sul. E, como eu fui para o Betis após a Libertadores, muita gente ligou uma coisa à outra. Mas não teve nada disso. Eu só recebi a proposta no finalzinho da janela de transferências. Vencemos porque fomos melhores.


2007 - No São Paulo (eliminado nas oitavas de final pelo Grêmio)



- Tinha acabado de ser contratado pelo São Paulo e havia uma polêmica porque existia uma suspeita de que a Fifa brecaria a minha contratação porque poderia ser a terceira negociação em menos de um ano. Por isso, fiquei apenas jogando o Campeonato Paulista. Quando recebi o aval para disputar a Libertadores, o time já estava montado. No jogo em que fomos derrotados pelo Grêmio, no estádio Olímpico, fiquei no banco de reservas.



2008 - No São Paulo (eliminado nas quartas de final pelo Fluminense)



- Sem dúvida, foi a eliminação que mais doeu. Depois de ganharmos o jogo de ida por 1 a 0, no Morumbi, quando eu não joguei por estar machucado, fomos para o Maracanã podendo empatar ou perder por um gol, desde que marcando um gol no Fluminense. Estávamos bem em campo e, até os 48min do segundo tempo, a vaga era nossa. Foi quando saiu o gol do Washington. Dói até hoje.



2009 - No São Paulo (eliminado nas quartas de final pelo Cruzeiro)



- Nesse ano realmente não estávamos bem. Não fizemos boas partidas. Para complicar, teve aquele problema dos times mexicanos por causa da gripe e passamos de fase sem jogar. Isso atrapalhou demais porque o time perdeu o foco. Contra o Cruzeiro, fomos muito mal e merecemos perder.



Jorge Wagner não esconde o otimismo para 2010. Segundo o camisa 7, o Tricolor tem um elenco suficiente para brigar pelo título sul-americano.



- A expectativa é a melhor possível. Por tudo o que passamos nos anos anteriores, vejo o São Paulo muito bem preparado. Foi tudo feito pensando na Libertadores. Os erros cometidos no ano passado serviram de aprendizado. Todos estão em condições de jogo. Somos experientes, estamos atentos a tudo. Agora é procurar fazer uma grande estreia para ganhar confiança - concluiu o Mister Libertadores.


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