Ricardo Gomes terá trabalho para acertar o São Paulo no 4-4-2. Acostumado a jogar com três zagueiros, o time sentiu a mudança e mostrou muita insegurança.

Nos primeiros dez minutos, o São Paulo dominou o jogo. Explorando as descidas de Marcelinho Paraíba de um lado e Dagoberto do outro, conseguiu envolver a Portuguesa. Só não abriu o placar aos quatro minutos porque o goleiro Fábio fez uma grande defesa em cobrança de falta de Jean. No rebote, Marcelinho, de calcanhar, serviu Dagoberto, que bateu forte, mas a zaga da Lusa desviou.

Os novos contratados Léo Lima e Marcelinho já davam uma cara nova ao Tricolor. O primeiro, muito bem nos passes - apesar de deixar a desejar na marcação, que precisa ser mais forte por causa do esquema 4-4-2. Marcelinho Paraíba foi sempre perigoso com cruzamentos e chutes.

A Portuguesa equilibrou o jogo quando melhorou no meio de campo. Marco Antônio fechava os espaços e Acleisson marcava com eficiência. Mas faltava força no ataque para incomodar os zagueiros.

Aos 26, Paraíba cruzou na área e a bola bateu no braço de Gláuber. O árbitro Antônio Rogério do Prado marcou pênalti. Rogério bateu e Fábio rebateu. Na sobra, Hernanes mandou por cima com o goleiro caído. A partida continuou equilibrada até Marcelinho fazer a diferença. Aos 38 minutos ele acertou uma bomba de fora da área e marcou um golaço.

Na volta do intervalo, a Portuguesa foi outro time. E não demorou para virar o jogo. Héverton, aos nove, e Marco Antônio, de pênalti, aos 14, marcaram. A penalidade foi anotada depois que Richarlyson derrubou o lateral Fabrício - a falta foi fora da área, mas o árbitro errou. A situação do São Paulo ficou mais complicada depois que Dagoberto fez falta violentaem Henrique e foi expulso.

CABIA MAIS UM

Com o placar adverso, o São Paulo foi com tudo para o ataque e deu muitos espaços, ainda mais com um homem a menos. Ficou fácil para a Lusa tocar a bola e controlar o jogo. E ainda houve tempo para Héverton fazer o terceiro no fim do jogo.