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"São Paulo não é 100% correto em tudo", diz sindicato



Diante das recentes mostras de insatisfação de jovens jogadores do São Paulo, o Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) resolveu se manifestar. Nesta sexta-feira, o presidente da associação, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli, condenou algumas práticas realizadas pelo clube.

Segundo ele, a diretoria do São Paulo tem usado de coação para emancipar jovens jogadores e fazê-los assinar contratos de gaveta. "O São Paulo de fato dá muitas boas condições aos seus atletas, mas isso não significa que o clube é 100% correto em tudo o que ele faz", disse Martorelli, na sede do sindicato.

Nas últimas semanas, três atletas formados pelas divisões de base entraram na Justiça. O meio-campista Oscar alega ter sido coagido a se emancipar, enquanto o lateral esquerdo Diogo cobra pendências pelo segundo vínculo. Por sua vez, Lucas Piazon contesta a validade jurídica de um contrato de gaveta.

"Uma pessoa satisfeita pede para sair? Por trás desses pedidos de rescisão, há uma insatisfação. Ela pode ser material ou até afetiva", defende Martorelli, ao revelar que Diogo - cujo caso tem sido acompanhado pelos advogados do sindicato - não teria recebido mostras de aproveitamento na equipe.

"O Diogo teve proposta da Europa recusada pelo São Paulo e depois foi emprestado ao Toledo-PR, onde ganhou talvez menos de 10% do que ganharia no clube europeu. Em sua apresentação, na semana passada, o clube cedeu o lugar dele no CT aos atletas que estavam chegando", emendou o ex-goleiro.

Para Martorelli, essa atitude teria sido a gota d'água para o jogador procurar seus direitos na Justiça. Ao completar 18 anos, o lateral assinou novo vínculo por cinco anos com o São Paulo - o que ele reivindica é não ter recebido parte do salário e de o primeiro contrato não ter tido baixa na carteira de trabalho.

"Quando ele completou a maioridade, o São Paulo rompeu o contrato de três anos e fez um de cinco. Mas não foram feitos os procedimentos corretos para isso, como baixa na carteira, fazer o depósito de FGTS etc. Isso caracteriza contrato de mais de seis anos, o que não é permitido por lei", argumentou.

A versão do São Paulo é completamente oposta. Diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes garante o cumprimento de todas as obrigações e diz que os jovens formados pela base seriam aproveitados em 2010. O técnico Ricardo Gomes chegou a assegurar Diogo como titular no primeiro jogo do Estadual.

Apesar do litígio entre os atletas e o clube, o sindicato espera uma reunião com o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, antes de tomar qualquer medida. Desde quarta-feira, Martorelli tenta contato com o mandatário são-paulino, sem sucesso. A intenção é ir mais a fundo na averiguação dos fatos.

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