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Astro de partida beneficente na Bahia, Ronaldinho é ovacionado: 'É seleção'

agner Love e Washington brilham no começo, e até Romário é lembrado em Salvador, mas o camisa 10 fica com o carinho da torcida em Salvador

Fim de ano, noite de festa em Salvador. Na noite desta terça-feira, os torcedores baianos tiveram a oportunidade de assistir a um desfile de craques no estádio Pituaçu, e tudo por uma causa nobre. Organizado por Ronaldinho Gaúcho, do Milan, o evento "Natal Show de Bola" reuniu uma equipe formada por amigos do meia do Milan num duelo contra um time de jogadores que atuam ou já vestiram a camisa do Bahia ou do Vitória. Toda a renda foi revertida ao instituto que leva o nome do anfitrião, que cuida de 700 jovens no Rio Grande do Sul e, em atividade há apenas cinco meses, 600 na Bahia, onde leva o nome de Projetos Jogos da Cidadania.



E bastou a bola rolar para os presentes esquecerem o atraso de pouco mais de uma hora para o início da partida, o que já causara vaias antes mesmo de os jogadores entrarem em campo - além de insistentes gritos por Romário na etapa final, quando a rede só balançou (os sete primeiros gols foram marcados no primeiro tempo). Mas o Baixinho, hoje coordenador de futebol do América, não pôde comparecer, apesar de ter sido convidado. No entanto, mandou um representante: seu filho Romarinho.
Ao apito final do árbitro Paulo César de Oliveira, os amigos de Ronaldinho venceram por 6 a 3. Vagner Love (3), que pode trocar o Palmeiras pelo Flamengo, e Washington (2) abriram o caminho da vitória, e o camisa 10, organizador da festa, fez o seu cobrando pênalti providencialmente marcado pelo árbitro aos 40 minutos do segundo tempo. Edílson, o Capetinha, balançou a rede duas vezes, e Preto Casagrande fechou o placar.
Como o placar pouco importava, Ronaldinho não se mostrou nem um pouco preocupado em não ter sido o principal nome do evento. Ao menos dentro de campo, pois saiu ovacionado, com a torcida gritando "É seleção!", faltando menos de cinco minutos para o fim, dando lugar a Romarinho.

- Estou fazendo o projeto crescer ainda mais vindo para a Bahia, por isso fiz questão de fazer o jogo aqui. É uma satisfação fazer isso, e a minha ideia é espalhar para todo o Brasil - disse ele, emocionado com o desejo dos torcedores em vê-lo novamente vestindo a amarelinha. Não quero pressionar ninguém, mas chegar numa cidade longe da minha e ser recebido com tanto carinho é incrível.

O craque do rubro-negro italiano entrou em campo ao lado de Victor (Grêmio), Léo Moura (Flamengo), Léo (Palmeiras), Rafael Marques (Grêmio), Athirson (Cruzeiro), Ibson (Spartak de Moscou), Diego Souza (Palmeiras), Gilberto (Cruzeiro), Vagner Love (Palmeiras) e Jô (Everton).



A equipe vestia um uniforme com as cores vermelha e preta, numa alusão ao Vitória, e ainda participaram Washington (São Paulo), Renato Augusto (Bayer Leverkusen), Dentinho e William (Corinthians), Jonas (Grêmio), Gabriel (Panathinaikos) e Rosana, da seleção brasileira feminina, entre outros nomes.



Já o combinado baiano - trajando o branco, azul e vermelho do Bahia - tinha como estrelas, além de Edílson, o goleiro Felipe (Corinthians), o meia Jorge Wagner (São Paulo) e o defensor Eduardo (Botafogo).



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