A diretoria do Inter mede todos os passos ao lidar com a polêmica envolvendo Guiñazu, que assinou uma procuração autorizando o agente Fabiano Ventura a negociar com o São Paulo. O cuidado dos dirigentes justifica-se: o argentino é o maior ídolo no atual elenco vermelho. Com outro jogador, a postura dos dirigentes certamente seria diferente. A situação causa constrangimento no Beira-Rio.

Se Guiñazu efetivamente tinha interesse em ir para o São Paulo (Ventura garante que ele jamais sugeriu isso), o vazamento da procuração complicou os planos. De férias, ele percebeu o tamanho do problema. Segundo o jornal “Zero Hora”, o capitão colorado telefonou para a diretoria e pediu desculpas pelo ato.

O Inter vê a situação com estranheza, mas evita críticas ao jogador.

- Isso (dar uma procuração a um agente) é rotineiro quando o contrato do jogador está terminando, o que não é o caso do Guiñazu – disse o diretor-executivo do Inter, Newtom Drummond.
O Inter assegura que não venderá Guiñazu, apareça ou não uma proposta do São Paulo. A multa rescisória pelo argentino é superior a R$ 30 milhões. Ele tem contrato até 2012 – nos registros da CBF, por uma questão burocrática envolvendo estrangeiros, o vínculo aparece como válido até 2010, mas há outro contrato firmado, de mais dois anos.

- Se o São Paulo quiser o Guiñazu, é só pagar a multa rescisória – ironizou Drummond.

O Inter diz que não recebeu uma proposta do São Paulo por Guiñazu. O time do Morumbi afirma que não fez qualquer oferta pelo volante. Fabiano Ventura garante que não há negociação. Régis Marques, empresário do atleta, afirma o mesmo.