Na última sexta-feira dei a informação que Guiñazu havia sido oferecido ao São Paulo, e que havia problemas de relacionamento dele com os estrangeiros do elenco, inclusive com o seu compatriota D’Alessandro. Após a divulgação dessa notícia, recebi alguns telefonemas, o primeiro deles de uma pessoa chamada Régis Marques, que se apresentou a mim como sendo o empresário do Guiñazu.

Ele estava bastante nervoso e revoltado com essa história, e apenas se acalmou depois que, ao levantar a voz e falar algumas bobagens, teve a resposta à mesma altura.

Ânimos acalmados, disse a ele que havia em minhas mãos uma cópia da procuração dada pelo próprio Guiñazu onde o mesmo autorizava um agente Fifa a negociá-lo com o São Paulo. Tal documento havia sido assinado em 1 de Dezembro de 2009 e com término em 31 de Janeiro de 2010 (veja abaixo).

plus Veja autorização de Guiñazu para negócio com o São Paulo

Perguntei se essa autorização era falsa e ele não soube me responder.

Uma hora depois, o próprio Guiñazu me ligou . Simpático e até bem-humorado, ele me disse que seu celular não parava de tocar e que eu o deixara numa situação difícil com seus companheiros, principalmente, com os estrangeiros e mais especificamente com D’Alessandro.

e mais Diretor diz que São Paulo teme o Internacional

Durante os quase dez minutos que conversamos, ele insistiu em falar que não tinha qualquer problema de relacionamento e muito menos que estava descontente no Inter.

Falei que não haveria problema algum e que faria uma matéria relatando a sua versão. No entanto, ao lhe questionar sobre a procuração que ele teria dado autorizando um agente Fifa a negociá-lo com o São Paulo, Guiñazu me disse que sobre isso não falaria.

Perguntei se essa autorização era falsa. Novamente ele repetiu que não tocaria nesse assunto. Essa mesma pergunta lhe fiz inúmeras vezes e a resposta foi sempre igual.

Não cansei de questioná-lo sobre a veracidade da procuração. Se ele me garantisse que fosse falsa eu faria imediatamente uma matéria me desculpando sobre uma informação errada que eu havia dado. Mas Guiñazu me respondia sempre a mesma coisa: “Sobre isso não falo, te liguei por outro motivo”.

Sendo assim, depois de tanto insistir, publico agora a declaração. Convenhamos, não seria muito difícil acabar com essa história ainda na sexta-feira se ele apenas me confirmasse que a autorização era falsa.

Não o fez. Enfim, cada um que tire suas conclusões...