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Vale a pena revelar jogadores?

Breno Vinicius Rodrigues Borges, 20 anos.

Iniciou sua carreira nas divisões de base do clube.

Chamou tanto a atenção que em 2007 foi levado meteoricamente para a equipe profissional. A equipe técnica do clube considerou o jogador totalmente pronto, tanto fisicamente como tecnicamente. No mesmo ano Breno formou, ao lado de Miranda e André Dias, a melhor defesa da história do Campeonato Brasileiro.

Foi vendido no final do mesmo ano para o Bayern Munique por cerca de 18 milhões de dólares, quantia alta para um zagueiro. Milan, Real Madrid, Fiorentina e Juventus de Turim estavam interessados no jogador.

A rápida trajetória do jogador destrói completamente a “teoria da conspiração” de que o clube não revelou nada desde a construção do CFA. Revelou sim, como está provado acima, mas por várias razões põe para jogar apenas os que considera completamente aptos dentro de sua filosofia.

Breno já estava pronto, muito diferente dos demais atletas da base da época. Sua entrada no time titular não foi para apagar algum incêndio. O risco de não dar certo existia, mas foi menor que em outros clubes. Sua venda “garantiu” mais de cinco anos de despesas com o Centro de Formação de Atletas de Cotia.

Concordo que de uns anos para cá não temos revelado tantos jogadores como antigamente. Mas o São Paulo sempre costumou adotar uma postura muito cuidadosa com suas “pratas da casa”, colocando-os aos poucos até a afirmação total. Foi o caso de Hernanes e Jean, que foram emprestados até adquirirem a experiência necessária para atuar com o manto sagrado.

Um exemplo recente que ilustra a postura tricolor é o recém campeão mundial Barcelona, que contou com a ajuda dos garotos Pedro e Jeffren, que ajudaram a equipe na difícil partida contra o Estudiantes. Detalhe: Os dois não são titulares e entram aos poucos no clube catalão, assim como Oscar, Wellington e os demais garotos tricolores.

Por trás dessa preparação ao profissional ainda há a preparação para a vida. Pouco torcedor sabe mas o clube dá uma enorme carga educacional, psicológica e física para seus garotos promissores. É um trabalho cuidadoso, que pode não ser mais compatível com a necessidade dos tempos atuais, onde jogadores praticamente tem livre arbítrio para exercerem sua profissão dentro da Lei Pelé.

O SPFC tem como princípio formar cidadãos, não somente atletas.

Por isso, o ainda nebuloso caso “Oscar” ainda não serve de argumento para simplesmente pedir para fechar as categorias de base do clube, muito menos para forçar precocemente os talentos brutos ao time titular. Mas é preciso repensar os objetivos do CFA dentro da atual conjultura do futebol dos tempos de hoje.

Vale a pena revelar jogadores? Depende do objetivo. Se for para lucrar com transferências, ótimo e o clube crescerá com essa que é a maior fonte de renda do futebol. Porém, como trabalhar uma geração que já nasce “querendo” jogar fora do país? Por outro lado, como entregar nas mãos de garotos a responsabilidade de uma Libertadores ou um Brasileirão? Revelar é ótimo, faz bem ao ego, ainda mais dentro dos padrões do melhor clube do Brasil. Mas atualmente a missão tem sido ingrata na maioria dos clubes brasileiros e é preciso clube e torcida alinharem o objetivo e os percalços dessa gloriosa atitude.

Afinal, ser um clube formador apenas por orgulho ou tradição vai contra a Lei do mercado atual.

Saudações tricolores!

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