O meio-campista Jorge Wagner tem sido um dos principais destaques do time nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Não somente por ajudar taticamente a equipe, dar passes importantes (são oito assistências em 2009), mas principalmente por contribuir com gols.

E o segredo para tal momento Jorge Wagner prefere dividir com seu comandante. Desde que o técnico Ricardo Gomes assumiu (há 27 jogos), o camisa 7 passou a jogar exclusivamente no setor de meio campo, ficando mais próximo do gol e tendo mais oportunidades para finalizar.

"Vivo um momento importante. Eu tive uma evolução muito grande depois da chegada do Ricardo Gomes, pois comecei a atuar no meio de campo, onde gosto mais, ficando mais próximo da área e dos atacantes", explica o jogador, que sob o comando de Gomes marcou cinco dos seus oito gols no ano, sua melhor marca numa mesma temporada no clube.

Além do "novo" posicionamento, Jorge Wagner diz que a experiência também é fundamental, não só na idade, mas também no tempo de clube.

"Eu sabia que era o momento de jogar bem e ajudar. Sou um dos mais velhos do grupo, tenho bastante tempo de São Paulo e por isso tinha que assumir a responsabilidade, ajudar os mais novos, passar experiência e mostrar o que é jogar aqui no clube", garante.

Para o meio-campista era questão de tempo para o time evoluir e brigar pelas primeis posições do campeonato brasileiro.

"Sempre existiu o consenso de que o São Paulo tem uma equipe de qualidade, em condições de brigar pelo título, só faltava tempo para se reorganizar. Com a qualidade e estrutura que temos aqui e a confiança do torcedor, mais cedo ou mais tarde voltaríamos a jogar bem e foi o que aconteceu, felizmente na hora certa", acredita Jorge Wagner, que vê uma sequência de jogos complicada, principalmente por ser o atual tricampeão em campo.

"Nossa sequencia é muito difícil, também pelo fato do São Paulo ter sido vitorioso nos últimos anos. Todas as equipes vêm contra a gente com vontade ainda maior de vencer e superar o campeão", alerta o meio-campista, sem fugir da responsabilidade.

"Mesmo com os títulos dos últimos anos, nossa responsabilidade é a mesma das outras equipes. Com certeza a cobrança existe e não fugimos disso. Temos quatro jogos decisivos e importantes. Passamos toda a competição lutando para chegar à liderança e agora só dependemos de nós. Vamos firmes e fortes até o fim", completa o jogador.