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Arouca é a aposta do São Paulo na reta final

Motivado com a chance de atuar nas últimas partida, volante garante que mudou o jeito de jogar

Depois de oito partidas seguidas sem entrar em campo – seis do banco de reservas e duas com uma conjuntivite – o ano se encaminha de forma animadora para Arouca, ao menos vendo pelo lado individual.

Restava apenas torcer pelos companheiros e esperar por um 2010 melhor do que 2009. Porém, com a lesão de Richarlyson, o volante ganhou uma nova oportunidade entre os titulares de Ricardo Gomes. E agradou ao comandante.

– Ele foi muito bem, correu muito, marcou de um lado, do outro. Foi um monstro – afirmou o técnico logo após o empate com o Grêmio.

Mas não foi por acaso que o camisa 11 melhorou. Mesmo como opção, sempre se preocupou em estar preparado para assumir um lugar no time, caso ganhasse uma oportunidade. Ganhou uma chance quando Hernanes se lesionou.

Mas como segundo volante, saindo mais para o jogo, não agradou e voltou para o banco. Agora, como homem de marcação no meio-de-campo, cresceu de produção.

Arouca mudou o jeito de jogar. Hoje é o maior responsável pela marcação da equipe tricolor. É quem protege o trio de zaga. Com quatro partidas para o fim do Nacional, o camisa 11 agora tem de ajudar a manter a arrancada do Sampa rumo a mais um título.

– Era a oportunidade que eu esperava, independentemente do momento. Agora quero aproveitar o melhor possível e ajudar na busca pelo título, que é o nosso maior objetivo na competição – afirmou.

Apesar de ter conquistado lugar no time de Ricardo Gomes em dois jogos seguidos, Arouca sabe que não pode vacilar. A concorrência no meio-de-campo do Sampa é grande. Se não for bem, Richarlyson, que desta vez fica no banco de reservas, pode voltar.

O risco é tanto que o camisa 11, entre os titulares do confronto frente ao Vitória, é o terceiro que menos atuou no Brasileirão. Só Rogério, que fez seu primeiro jogo no segundo turno, e Adrián González, que só pôde estrear a partir de agosto, estão abaixo dele.

Além de ajudar o São Paulo na busca pelo hepta, Arouca pode também salvar seu ano. Foram altos e baixos, sem se firmar como titular. Agora, com nova oportunidade, pode ajudar no sprint final da competição e, no futuro, mostrar que 2010 pode ser bom por inteiro.


Confira um Bate-Bola com o volante Arouca:


Como é para você ganhar uma nova chance como titular ?
Fico feliz com os elogios do Ricardo e não quero sair mais. Eu nunca deixei de acreditar em mim. Desde que cheguei, sabia que a disputa seria muito difícil, ainda mais pelo elenco que temos, mas nunca desisti. Sabia que uma hora a oportunidade iria pintar, e fiquei feliz.

Vê problema em atuar recuado, como primeiro volante?
No Fluminense eu jogava mais como segundo volante. Cheguei a jogar algumas vezes no São Paulo assim também. Hoje não vejo problema algum em marcar, porque tenho treinado também para esta função.

Tem treinado para isso?
Tenho feito isso nos treinos, porque tenho a ganhar. Se tiver que jogar como primeiro, aí faço uma marcação mais forte. Se for como segundo, saio mais e tenho qualidade. Estou aperfeiçoando, porque, independentemente da posição, tenho de me dedicar ao máximo para me dar bem e ajudar sempre o time.

Por que a dificuldade em se firmar como titular da equipe?
É difícil. No Fluminense eu sempre joguei. Quando vim para o São Paulo, sabia que iria ter de disputar uma vaga. Tem jogadores de Seleção, como o Hernanes, o Richarlyson, que também já teve passagem, o próprio Jean, que apareceu bem no ano passado. Sabia disso, mas confio no meu pontencial. Independentemente de conseguir ir bem no começo, iria me dedicar ao máximo nos treinamentos para conseguir espaço.

Chegou a pensar em sair pela falta de oportunidades no time?
Nunca, até porque cheguei e sabia que não seria fácil pelo forte elenco. Senti um pouco de dificuldade para me adaptar, com o tempo consegui, e estou bem melhor.


Vê também um lado bom em ter de buscar seu espaço no time?
Com certeza, porque a cada dia você tem de matar um leão por dia para conquistar o espaço. Não que eu não fizesse isso no Fluminense, mas lá eu jogava direto, tinha uma sequência. Procurei ficar o mais tranquilo possível e sempre preparado para quando uma oportunidade pintasse.

Para você, ser titular já é uma vitória em sua carreira?
Seria uma vitória, mas, com personalidade, ainda quero ter uma sequência de jogos pelo clube. Mesmo assim, não vou estar satisfeito, porque sou jovem (23 anos) e sonho com a Seleção. Para isso, eu tenho de estar jogando, estar bem, então é isso que vou buscar fazer daqui em diante.

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