O técnico Ricardo Gomes não encontra tempo para descansar no São Paulo. Depois de ter intensificado os treinos específicos para atacantes na semana passada, o comandante viu a linha de frente funcionar no clássico diante do Santos, mas, por outro lado, constatou outro problema: a zaga. Os três gols sofridos em jogadas de bolas aéreas, na rodada passada, motivaram o treinador a dar ênfase ao assunto antes do duelo desta quarta-feira, contra o Internacional.

"Mostrei algumas imagens e, depois, fizemos um trabalho direto. Sei que não vamos corrigir tudo de uma vez. No primeiro turno, tivemos o mesmo problema. Às vezes, acerta um ponto e perde o equilíbrio em outro", ponderou.

Mesmo durante o período em que trabalhou com mais intensidade a linha de frente, Ricardo Gomes já estava de olho no sistema defensivo, que cometeu falhas em jogos contra Coritiba, Flamengo e Atlético-MG, além do clássico contra o Santos.

O treinador, inclusive, mostra boa memória para advertir que o Tricolor também vacilou em jogadas aéreas na partida do primeiro turno contra o Internacional, quando Alecsandro, em impedimento, marcou duas vezes.

"No Beira-Rio, tomamos dois gols de bola parada, mas fomos buscar o resultado. Claro que nossa cabeça tem que estar boa neste jogo, que será muito disputado e com marcação forte. Espero demonstrar um melhor aproveitamento na bola parada defensiva", analisou.

Neste duelo contra o Inter, o sistema defensivo terá o desfalque de Rogério Ceni, que cumprirá suspensão automática e será substituído por Bosco. Já o trio de zaga estará com a formação titular, com Renato Silva, André Dias e Miranda. Mesmo com a preocupação do comandante, o Tricolor ainda tem a defesa menos vazada do campeonato, com 34 gols sofridos.