Empresário com negócios na área esportiva espalhados pelo interior de São Paulo, Careca foi um dos maiores centroavantes do futebol mundial. Depois de recusar uma entrevista ao GLOBOESPORTE.COM em três oportunidades, em razão de reuniões que ocupavam seu tempo, o ex-atacante foi preciso ao bater um papo rápido, por telefone, e resumiu sua história nos campos e na vida privada. Calmo, mesmo na correria, ele contou que não esquece dos amigos e eventualmente visita os clubes em que jogou. Boa praça, mantém relação não só com ex-jogadores, como com funcionários que seguem no Guarani, no São Paulo e até no Napoli, da Itália, onde também fez história.
- O melhor do futebol é a amizade mesmo, além da oportunidade realizar sonhos, conhecer lugares e culturas bonitas. Fiz muitos amigos pelo mundo todo. A vida hoje está corrida, administro clube, academias de futebol, natação, centros esportivos em Araraquara, Barueri, Campinas, e também faço consultoria para alguns jogadores. Mas quando dá vou visitar os amigos, do nada. E uma vez por ano eu viajo até Nápoles, o que vivi lá foi muito marcante mesmo - comentou Careca, que não sente saudade da “prisão que era concentrar e treinarâ€.
Campeão Brasileiro aos 17 anos pelo modesto Guarani, em 1978, Careca foi um dos maiores atacantes do futebol mundial. E comentou sobre os vários momentos de sua vitoriosa carreira. Além do tÃtulo, em cinco anos fez 109 gols com a camisa do Bugre. Foi para o São Paulo e conquistou o Paulistão de 1985 e o Brasileiro de 1986. No Napoli, jogou ao lado do amigo Maradona e do brasileiro alemão e fez história ao vencer a Copa da Itália e a da Uefa, em 1989, além do Italiano, no ano seguinte. Passou pelo Kashiwa Reysol (Japão) e pelo Santos antes de encerrar a carreira, em 1997. Apesar de todo o prestÃgio que conquistou, não deu sorte com a camisa da seleção, que vestiu nas Copas de 1986 e de 1990.
Relação com o Bugre
- Lá eu vivi o momento mais marcante da minha carreira, sem dúvida. Foi onde tudo começou e aquela final de 1978 foi muito emocionante mesmo. Aquilo foi maravilhoso! Por tudo que aconteceu no primeiro jogo, no Morumbi, em decisão conturbada. AÃ, depois, no Brinco, foi um jogo em que ficamos nervosos, falando bastante. E acabou sendo tenso e emocionante. E fiquei muito feliz por fazer o gol do tÃtulo - lembrou Careca, que se envolveu em confusão no jogo de ida, quando foi atingido por uma cabeçada de Leão, dentro da área. O goleiro palmeirense acabou expulso e o pênalti foi convertido por Zenon.
A ligação com o Guarani fez o jogador elogiar o trabalho que vem sendo realizado por Vadão, prestes a recolocar o Bugre na elite do futebol, depois de a equipe amargar a Série C do nacional.
- O Vadão está de parabéns pelo trabalho que vem fazendo e o Guarani está aÃ, de volta. Isso é legal não apenas para os torcedores e para a cidade de Campinas. É melhor para todo mundo porque o Guarani merece sempre estar entre os melhores times e disputando tÃtulos.
E o perÃodo no São Paulo
- Lá eu tive uma projeção maior, me firmei na seleção e tudo mais. O jogo do tÃtulo de 1986, contra o Guarani, também marcou. E lá no São Paulo eu fiz muitos amigos mesmo. Às vezes vou lá visitar funcionários do clube.
Careca à napolitana
- O italiano já é diferente, apaixonado mesmo pelo futebol. Mas em Napoles é ainda mais que tudo isso aÃ. Foram seis anos lá de muita euforia, lembro de um perÃodo de muita alegria, que marcou bastante, e todo ano eu vou para lá.
A amizade com Maradona
- Ah, eu encontrei com ele em Buenos Aires, no último jogo contra o Brasil. Ele está bem, conseguiu a vaga para a Copa mesmo no sufoco e o Brasil precisa respeitar os argentinos porque eles têm tempo para se acertar. Acho que o Maradona vai para a Copa, sim, e torço por ele. A reação foi bem ao estilo dele. Ele é transparente e eu até já sabia que ele faria alguma coisa do tipo, pois estava entalado. Ninguém gosta de pressão e ele é transparente. Sempre foi. Mas é um cara gente boa demais, parceiro.
Foi o melhor com quem você já jogou?
- Ah, com certeza. Era canhoto, diferente de todos. O Zico também dava espetáculo, mas o Maradona foi o melhor.
Essa geração, com você e Zico, não deu sorte em Copa...
- A minha convocação mais marcante foi em 1979, e fui cortado para operar o joelho. Depois, em 1982, machuquei de novo. Acho que foi destino nossa geração não vencer. Em 1986 e em 1990 nós tÃnhamos time para ganhar, mas não deu. Copa é tiro rápido, tem que jogar e ganhar. Foram 12 anos na seleção e fiquei satisfeito com o que fiz, dei tudo de mim quando tive chance e me realizei. Em 1993 eu já estava de saco cheio de tanta coisa errada e parei com a seleção.
O Dunga está bem servido de atacantes hoje em dia?
- Ah, está sim. O Adriano está bem. O Luis Fabiano mostrou que está absoluto com a camisa 9, aproveitou bem as chances que teve. E o Ronaldo é capaz de ir também. Vai depender do dia a dia, da sequência de jogos e do ritmo em que ele vai estar. Mas o Ronaldo tem tudo, tempo e espaço, para crescer na hora certa e voltar para a seleção.
- O melhor do futebol é a amizade mesmo, além da oportunidade realizar sonhos, conhecer lugares e culturas bonitas. Fiz muitos amigos pelo mundo todo. A vida hoje está corrida, administro clube, academias de futebol, natação, centros esportivos em Araraquara, Barueri, Campinas, e também faço consultoria para alguns jogadores. Mas quando dá vou visitar os amigos, do nada. E uma vez por ano eu viajo até Nápoles, o que vivi lá foi muito marcante mesmo - comentou Careca, que não sente saudade da “prisão que era concentrar e treinarâ€.
Campeão Brasileiro aos 17 anos pelo modesto Guarani, em 1978, Careca foi um dos maiores atacantes do futebol mundial. E comentou sobre os vários momentos de sua vitoriosa carreira. Além do tÃtulo, em cinco anos fez 109 gols com a camisa do Bugre. Foi para o São Paulo e conquistou o Paulistão de 1985 e o Brasileiro de 1986. No Napoli, jogou ao lado do amigo Maradona e do brasileiro alemão e fez história ao vencer a Copa da Itália e a da Uefa, em 1989, além do Italiano, no ano seguinte. Passou pelo Kashiwa Reysol (Japão) e pelo Santos antes de encerrar a carreira, em 1997. Apesar de todo o prestÃgio que conquistou, não deu sorte com a camisa da seleção, que vestiu nas Copas de 1986 e de 1990.
Relação com o Bugre
- Lá eu vivi o momento mais marcante da minha carreira, sem dúvida. Foi onde tudo começou e aquela final de 1978 foi muito emocionante mesmo. Aquilo foi maravilhoso! Por tudo que aconteceu no primeiro jogo, no Morumbi, em decisão conturbada. AÃ, depois, no Brinco, foi um jogo em que ficamos nervosos, falando bastante. E acabou sendo tenso e emocionante. E fiquei muito feliz por fazer o gol do tÃtulo - lembrou Careca, que se envolveu em confusão no jogo de ida, quando foi atingido por uma cabeçada de Leão, dentro da área. O goleiro palmeirense acabou expulso e o pênalti foi convertido por Zenon.
A ligação com o Guarani fez o jogador elogiar o trabalho que vem sendo realizado por Vadão, prestes a recolocar o Bugre na elite do futebol, depois de a equipe amargar a Série C do nacional.
- O Vadão está de parabéns pelo trabalho que vem fazendo e o Guarani está aÃ, de volta. Isso é legal não apenas para os torcedores e para a cidade de Campinas. É melhor para todo mundo porque o Guarani merece sempre estar entre os melhores times e disputando tÃtulos.
E o perÃodo no São Paulo
- Lá eu tive uma projeção maior, me firmei na seleção e tudo mais. O jogo do tÃtulo de 1986, contra o Guarani, também marcou. E lá no São Paulo eu fiz muitos amigos mesmo. Às vezes vou lá visitar funcionários do clube.
Careca à napolitana
- O italiano já é diferente, apaixonado mesmo pelo futebol. Mas em Napoles é ainda mais que tudo isso aÃ. Foram seis anos lá de muita euforia, lembro de um perÃodo de muita alegria, que marcou bastante, e todo ano eu vou para lá.
A amizade com Maradona
- Ah, eu encontrei com ele em Buenos Aires, no último jogo contra o Brasil. Ele está bem, conseguiu a vaga para a Copa mesmo no sufoco e o Brasil precisa respeitar os argentinos porque eles têm tempo para se acertar. Acho que o Maradona vai para a Copa, sim, e torço por ele. A reação foi bem ao estilo dele. Ele é transparente e eu até já sabia que ele faria alguma coisa do tipo, pois estava entalado. Ninguém gosta de pressão e ele é transparente. Sempre foi. Mas é um cara gente boa demais, parceiro.
Em Campinas, Careca recebe a visita do amigo Maradona, o melhor jogador com quem já atuou
Foi o melhor com quem você já jogou?
- Ah, com certeza. Era canhoto, diferente de todos. O Zico também dava espetáculo, mas o Maradona foi o melhor.
Essa geração, com você e Zico, não deu sorte em Copa...
- A minha convocação mais marcante foi em 1979, e fui cortado para operar o joelho. Depois, em 1982, machuquei de novo. Acho que foi destino nossa geração não vencer. Em 1986 e em 1990 nós tÃnhamos time para ganhar, mas não deu. Copa é tiro rápido, tem que jogar e ganhar. Foram 12 anos na seleção e fiquei satisfeito com o que fiz, dei tudo de mim quando tive chance e me realizei. Em 1993 eu já estava de saco cheio de tanta coisa errada e parei com a seleção.
O Dunga está bem servido de atacantes hoje em dia?
- Ah, está sim. O Adriano está bem. O Luis Fabiano mostrou que está absoluto com a camisa 9, aproveitou bem as chances que teve. E o Ronaldo é capaz de ir também. Vai depender do dia a dia, da sequência de jogos e do ritmo em que ele vai estar. Mas o Ronaldo tem tudo, tempo e espaço, para crescer na hora certa e voltar para a seleção.
VEJA TAMBÉM
- NOVO ESQUEMA? Ex-treinador do São Paulo analisa como integrar Oscar e Lucas em campo
- ANÚNCIO PRÓXIMO! Oscar fecha acordo com São Paulo e detalhes do anúncio são discutidos
- OPERAÇÕES PARECIDAS! São Paulo executa "plano Lucas" para trazer Oscar de volta após dez anos