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Volante volta com experiência de Tri

Jogador retorna ao time e dá dicas de como enfrentar seu irmão, atacante do rival

O volante Richarlyson está de volta ao São Paulo após cumprir suspensão no jogo frente ao Santos, no último domingo. E seu retorno chega em um momento muito importante para a equipe, já que o Tricolor não poderá contar com o goleiro Rogério Ceni.


Segundo atleta com mais tempo de clube atrás apenas de Ceni, Richarlyson assume a responsabilidade, mas ressalta a dificuldade de substituir o capitão são-paulino.



"Pelo tempo que tenho no clube, por ter uma certa experiência de saber como o São Paulo trabalha, como a torcida gosta de ver o time, com certeza junto com o André Dias, o Bosco, e outros jogadores mais antigos de casa vou assumir esse papel. É difícil suprir a falta do Rogério pela história que ele tem no São Paulo, mas aconteceu e temos que dar conta do recado", disse o camisa 20, tricampeão brasileiro e jogador de linha do atual elenco com o maior número de partidas pelo clube: 194.



Por ter participado efetivamente das recentes conquistas do clube, Richarlyson sabe o que o Tricolor pode tirar como exemplo dos últimos anos para que a história se repita em 2009 e cita principalmente a força demonstrada em momentos decisivos, como aconteceu na reta final do ano passado.



"Acima de tudo, temos que ter na cabeça que nosso time sempre foi muito forte nos momentos mais importantes. É uma das características marcantes do nosso time ter essa tranqüilidade e responsabilidade na fase final do campeonato. Ano passado nos davam como fora da briga e a gente teve força o suficiente para chegar à reta final. E é isso que vamos fazer, lutar até o fim com o pensamento do nosso objetivo", completou.



Outro aspecto importante para o São Paulo nessa fase final está ligado ao lado psicológico dos jogadores, que para Richarlyson é tão ou mais importante que o aspecto técnico. "O lado psicológico é muito importante. Você precisa ter o equilíbrio e a concentração necessária a cada rodada. Se juntar com uma boa preparação técnica e tática, a equipe fica bem mais forte", disse.



E para o camisa 20, essa concentração deve estar voltada para cada compromisso da equipe e não para a liderança. "Não adianta pensar em chegar à liderança e não pensar em cada jogo. Um degrau de cada vez, pois todos os jogos daqui pra frente se tornam decisivos", afirmou.



De fora na última rodada, Richarlyson viu com bons olhos a atuação de Adrián González, que entrou em campo no seu lugar. A participação do lateral deixou o volante muito contente, e só confirmou a impressão positiva que ele já tinha do argentino.



"Há tempos a gente já vem discutindo sobre a contratação dele e sabíamos que é um grande jogador e poderia somar muito para o nosso grupo. Ele tem feito grandes jogos e aí é mais um problema bom pra cabeça do treinador, que terá de saber que tem um jogador que não é titular, mas a qualquer momento pode entrar no jogo e ganhar seu espaço. O Adrián entrou na briga pela posição com certeza", elogiou.



Além de muito importante, o confronto de amanhã não tem como não ser especial para Richarlyson, que encontra seu irmão mais velho, atacante do Internacional. Entre todas as cinco vezes que os dois já se enfrentaram, certamente esta é a mais decisiva, e o jogador explica o porquê.



"Uma por ele estar brigando pela artilharia e o time dele estar em uma sequência de bons resultados, e outra pela fase que também estamos passando. Eu também tenho pensado em fazer bons jogos pra voltar aos meus objetivos individuais, então é um confronto importantíssimo pra as duas partes e a maior felicidade é da minha mãe e do meu pai, que têm dois filhos em um momento tão importante como esse", afirmou.



A ótima fase de Alecsandro preocupa os são-paulinos, e Richarlyson fez questão de dar suas dicas aos zagueiros, responsáveis pela marcação do atacante, sobre como devem lidar com o jogador rival. "Ele é um jogador muito inteligente, que tem faro de gol. Ele é alto, mas não é lento, além de ser muito bom cabeceador. Tem que ser cuidado de perto e não deixar ele gostar do jogo, porque quando isso acontece ele se torna ainda mais perigoso", finalizou.

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