Miranda voltou da seleção brasileira com duas novidades: uma expulsão na bagagem, contra a Venezuela, mas com a certeza de que não está cometendo mais faltas do que o normal. E o pensamento modificado sobre uma possível ida para o exterior. Se durante a janela do meio do ano o camisa 5 revelou ter ficado chateado por não ter sido liberado pela diretoria do São Paulo algum clube da Itália ou Alemanha, agora ele garante que não quer sair no fim deste ano.

- Não quero sair em janeiro, quero ficar, jogar a próxima Libertadores. Por mais que venha proposta minha vontade vai sempre prevalecer . A situação não mudou, pois não conversei com a diretoria depois daquilo. O que mudou foi o meu pensamento - explicou.

O atleta não aceitou bem as críticas pela expulsão na seleção e por algumas faltas de mais destaque nos últimos jogos. Ao ser perguntado se estava entrando mais duro nas jogadas, o zagueiro não gostou e se valorizou, lembrando que é o maior ladrão de bolas na sua posição neste Brasileiro.

- Na seleção tenho certeza que a única falta que fiz foi a expulsão, e foi sem querer. Estava preparando para subir e acertei o adversário sem maldade. Foi a única falta que fiz no jogo. No São Paulo fiz uma falta que resultou no gol do Atlético-MG, mas não vejo que estou cometendo mais infrações. Dos zagueiros do campeonato sou o que mais rouba a bola do adversário, os números não mentem. Vivo uma fase boa e essas coisas são vocês que querem colocar na cabeça dos torcedores - reclamou o zagueiro.

Miranda tem certeza de que não será prejudicado para próximas convocações da seleção por causa da expulsão. Segundo ele, Dunga certamente percebeu que a falta não foi proposital.

- O Dunga é um cara experiente, viu no lance que não foi por maldade, foi algo que acontece. Ele já foi jogador e está ciente disso. Tem lances que podem ser evitados e outros não - acrescentou.