O São Paulo perdeu para o Atlético-MG no último sábado por 1 a 0, no Morumbi (assista aos principais lances da partida), e viu o Flamengo chegar na sua cola com 48 pontos ao vencer o líder Palmeiras por 2 a 0, no Palestra Itália. A distância do Tricolor para o primeiro colocado na tabela do Brasileiro é hoje de cinco pontos e restam oito rodadas para o fim da competição. Apesar de a situação ter ficado mais difícil, Hernanes segue firme com o discurso de que os são-paulinos seguem na briga pelo título nacional.

- Estamos a cinco pontos do líder e temos 24 em disputa, tem muita coisa para rolar ainda. Eu não abro mão da busca pelo título. Nunca conseguimos nada de modo fácil. Se não vacilássemos em alguns jogos a situação poderia ser melhor, mas passou. Nosso foco é o titulo, e meu planejamento é sair de ferias com a taça, ninguém tira isso da minha cabeça e do meu coração - ressaltou o camisa 10.

O Tricolor começou a rodada em segundo lugar, mas foi ultrapassado por Atlético-MG e Internacional, caiu para quarto e ainda viu o Flamengo, agora em quinto, ficar um ponto atrás na tabela. Para quem pensa em título, talvez não seja melhor começar a se preocupar em não perder a vaga na Libertadores?

- Temos que ficar espertos. Se não estivermos assim, as pessoas vêm e tomam o que é nosso. O Flamengo está há nove jogos sem perder, o Cruzeiro também está bem. Mas é preciso arrancar na hora certa. Será que esses times vão aguentar essa sequência até o fim? Estão batendo em nós, mas uma hora despertamos e arrancamos mesmo. Confio muito nisso - acrescentou o volante.

Camisa 10 diz que Jason nunca existiu

Quando o São Paulo conseguiu sete vitórias seguidas e nove jogos de invencibilidade neste Brasileiro, o time passou a ser comparado com o personagem Jason, do filme "Sexta-Feira 13", por nunca morrer e sempre voltar para atormentar suas vítimas. Agora que a arrancada já ficou para trás e o Tricolor precisa de um novo fôlego para continuar vivo na competição, Hernanes admite: não gosta da comparação da equipe com o aterrorizante vilão do cinema.

- O Jason nunca existiu, isso foi uma comparação que nunca agradou porque o que vivemos aqui não é ficção. Tivemos uma arrancada boa e tentamos fazer o mesmo depois. Mas sabemos que temos potencial para dar uma nova subida. Como eu sempre disse, no trabalho a gente confia e acredita, e chega uma hora que não tem jeito: a coisa encaixa. O Jason nunca me agradou, é algo particular. Gosto de festa, mas não acho certo darmos duro para depois as pessoas compararem nosso trabalho com coisas que não existem - criticou o jogador.