Miranda teve mais uma chance como zagueiro titular da Seleção Brasileira.

Foi expulso por fazer falta numa jogada que podia evitar.

A zaga está aberta para candidatos visando a Copa do ano que vem.

Luizão vai se firmando e Lúcio e Juan, que seriam normalmente os titulares, vivem problemas de contusão.

Lúcio é um zagueirão tipo troncudo, sem muita categoria, mas tem a experiência de Copas passadas e é campeão do mundo.

Dunga gosta dele e muitos técnicos também.

Acho que o que lhe sobra de vontade falta de categoria. Mas quem disse que zagueiro tem que ter categoria?

Não é o caso de Juan.

O campeão do Mundo de 70, Tostão, o chamava de craque da zaga.

Zagueiro com habilidade, que joga na antecipação e sem fazer muita falta.

Não é tão alto, mas tem ótima colocação.

Tem ou tinha? Tudo parece estar ficando no passado para Juan.

Virou um jogador que se contunde demais e isso preocupa Dunga.

A zaga que era o setor mais tranquilo começa a incomodar.

Miranda tem tido chances também por causa disso.

No São Paulo era o retrato de eficiência e classe.

Depois de uma contusão grave, Miranda começou a fazer faltas, pênaltis e cometer erros que não cometia antes.

Na Seleção parece ficar atabalhoado, ansioso demais para provar que tem capacidade.

Não se antecipa tão bem as jogadas, erra em outros lances, faz faltas bobas e também é expulso.

Será que Miranda é apenas jogador de clube?

Em alguns casos isso acontece. O jogador sente o peso da camisa da Seleção.

Outros jogam melhor na Seleção que no clube.

Clodoaldo era um exemplo quando jogava pelo Brasil.

Hoje, guardadas as devidas proporções, ocorre o mesmo com Elano que no clube é um jogador médio e na Seleção cresce de produção.

Miranda precisa aproveitar melhor as chances na Seleção e se impor como bom zagueiro de clube que verdadeiramente é.

Caso contrário, é bom Dunga começar a procurar um parceiro imediato para Luizão e torcer pela recuperação de Lúcio e Juan.