Na primeira data FIFA de 2025, nas Eliminatórias da Conmebol para a Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá, o maior clássico do futebol de seleções, Brasil e Argentina, era o maior chamativo para o período sem jogos de clubes. O embate, realizado no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, gerou grande interesse por parte de torcedores por se tratar de um grande teste para a Seleção Brasileira, apesar do baixo entusiasmo com o nível de jogo apresentado na partida seguinte, a vitória diante da Colômbia por 2 a 1, com gol salvador de Vini Jr aos 54 minutos do segundo tempo.

Contexto Pré-Jogo

Na véspera do confronto, em 24 de março de 2025, o duelo estava cercado de alta expectativa e tensão, principalmente após uma entrevista dada pelo atacante Raphinha, da Seleção Brasileira, ao ex-jogador Romário. Durante o papo, o camisa 11 da Amarelinha garantiu que brigaria de todas as formas pela vitória e que ‘daria porrada’ nos argentinos. A fala do jogador do Barcelona teve grande repercussão na mídia brasileira e argentina, com muitos analistas condenando a atitude de Raphinha como uma incitação a violência.

O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, foi perguntado em coletiva sobre a fala do brasileiro.
Scaloni preferiu deixar as provocações de lado e lembrou da Copa América de 2021,quando a albiceleste derrotou o Brasil dentro do Maracanã na final. Na ocasião, os craques Neymar e Messi ficaram lado a lado durante muito tempo após o fim da partida e o treinador citou o fato como uma prova de que o respeito tem de sobressair no futebol a todo o momento. Muitos fãs de futebol no nosso país fizeram suas apostas para essa partida, mas depois de ver a goleada sofrida, o melhor teria sido ir a um cassino e jogar esse dinheiro em caça-níquel online valendo dinheiro já que pelo menos teríamos tido a oportunidade de nos
divertir e passar um bom momento em vez de ver os gols sofridos.

O Jogo: Estratégias e Desempenho

Na escalação de ambas as equipes, era possível ver uma grande diferença no planejamento dos treinadores para o confronto. Dorival Jr voltou a usar o 4-2-4, apostando no talento individual do quarteto Raphinha, Rodrygo, Matheus Cunha e Vini Jr, mas criando uma grande exposição do setor de meio-campo, devido a falta de jogadores de controle de bola e armadores para o desenvolvimento de jogadas e retenção da ‘pelota’ durante a posse brasileira.

Já Scaloni fez o exato oposto. O argentino preparou sua seleção com apenas um atacante de ofício, povoando o meio campo com jogadores de qualidade com a bola no pé como Leandro Paredes, Alexis Mac Allister, Thiago Almada, Rodrigo De Paul e Enzo Fernández. Apenas Julián Álvarez comandava o ataque da Argentina. A estratégia rapidamente se mostrou acertada.

Logo aos 4 minutos, após jogada criada desde o setor defensivo da Argentina, Thiago Almada encontrou Julián Alvarez na área. O camisa 9 brigou com os zagueiros brasileiros e no bate-rebate, a bola sobrou para o atacante que não titubeou e marcou o primeiro gol da equipe da casa. A construção da jogada seria presságio do que estaria por vir no restante da partida, que se provou um completo domínio por parte dos albicelestes diante dos brasileiros.

Dez minutos depois, Enzo Fernández partiu sozinho com a bola e em momento nenhum foi incomodado por jogadores brasileiros, trocando passe com os companheiros até o cruzamento de Nahuel Molina encontrar justamente Enzo Fernández que, praticamente sem goleiro, só empurrou para o fundo das redes, ampliando a vantagem não apenas no placar, mas uma clara demonstração de que ambas as equipes hoje estão em patamares diferentes em aspectos futebolísticos.

Em meio ao domínio argentino, o Brasil conseguiu, aos 26 minutos, diminuir a diferença com um gol de Matheus Cunha em lance infortúnio de Cristian Romero, que, ao dominar a bola na defesa, não resistiu a pressão do atacante brasileiro e perdeu a bola, abrindo espaço para a finalização enquanto Dibu Martinez não estava preparado, devido a tranquilidade com a qual Romero tinha a bola dominada a princípio. O lance dava indícios que seria uma virada de chave para a Amarelinha, que se recolocaria no jogo, porém, a impressão não durou muito tempo.

Ainda no primeiro tempo, após um escanteio, Enzo Fernández encontrou um passe mágico para Alexis Mac Allister, que fez o facão na área e voltou a abrir uma margem de dois gols para os argentinos. O vexame brasileiro estava nítido e a falta de capacidade de reação da equipe de Dorival Jr chamava a atenção. Nem mesmo o talento do melhor do mundo da FIFA, Vini Jr, ou de Raphinha, grande nome do Barcelona no ano, conseguiram mudar o patamar brasileiro. No segundo tempo, Enzo Fernández, o grande nome da partida, fechou a goleada e um sonoro 4 a 1 provocou mudanças na Amarelinha.

Consequências e Repercussões

Dois dias após a partida, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou a demissão do técnico Dorival Jr. O treinador comandou a Seleção em 14 jogos, com sete vitórias, quatro empates e três derrotas, um aproveitamento de 59,52%. Além do técnico, seus auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero, e o preparador físico Celso Rezende também deixaram a Seleção.

A CBF agora trabalha com a possibilidade de contratar um técnico estrangeiro para o cargo de comandante da única seleção pentacampeã do mundo. O ex-Flamengo Jorge Jesus é o favorito para assumir a Amarelinha e já teve contatos com a entidade. Contudo, uma possível demissão de Carlo Ancelotti no Real Madrid pode mudar o foco da direção da confederação para o italiano. Os portugueses José Mourinho e Abel Ferreira, também são bem avaliados, mas seus contratos em vigor dificultam a possibilidade de contratação.