Na noite deste domingo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou uma análise abrangente do VAR, referente ao polêmico lance envolvendo o goleiro Gabriel Brazão, do Santos, e o meia Matheus Alves, durante a partida entre São Paulo e Santos, que terminou em 2 a 1 para o São Paulo no Morumbi. O árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, não considerou o lance como falta, gerando repercussão entre os torcedores e a comissão técnica do São Paulo.

A análise do VAR, realizada por Carlos Eduardo Nunes Braga, justifica a decisão de que o goleiro do Santos teria tocado e parado a bola com os pés, sem cometer falta. O árbitro de vídeo comentou: “O goleiro para claramente a bola, tá? Claramente ele para a bola, o lance está limpo de área.” Após o término do jogo, o São Paulo utilizou suas redes sociais para questionar a não marcação da penalidade.

Na coletiva de imprensa, o técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, expressou sua insatisfação com a atuação do árbitro, afirmando que “hoje foi uma má arbitragem em jogadas pontuais”. Ele mencionou que outras situações durante a partida pareceram ter critérios diferentes para marcação de falta: “Com Tiquinho, passava o vento e ele dava falta. Com André não, com Alves não. O pênalti no Alves foi um 'penaltazo'”, declarou Zubeldía em um bom espanhol.

PC Oliveira, ex-árbitro e comentarista de arbitragem do Grupo Globo, afirmou que houve um erro claro por parte da arbitragem, considerando que o pênalti solicitado pelo São Paulo deveria ter sido marcado. Ele explicou: “No momento em que Matheus Alves tem a bola dominada, acontece a saída de Gabriel Brazão. Em campo, o Wilton cita que o toque é na bola, mas o detalhe que o VAR observa é que o impacto é claramente primeiro no joelho do atacante do São Paulo, só depois ele trava a bola.” PC concluiu que a forma como o goleiro saiu com o pé levantado acima da bola causou risco para o adversário, reforçando que o pênalti foi muito claro e deveria ter sido sancionado.