No último dia 3, Julio Casares, presidente do São Paulo Futebol Clube, utilizou sua conta no Instagram para apresentar uma justificativa em relação ao déficit financeiro do clube, que atingiu R$ 287 milhões em 2024. De acordo com Casares, a situação foi influenciada por diversos fatores, incluindo a necessidade de manter uma equipe competitiva e o pagamento de juros de dívidas e empréstimos que foram contraídos para assegurar a saúde financeira do clube.

Casares informou que um plano foi elaborado para reverter a dívida e garantir uma gestão sólida até 2027, ano em que termina seu segundo mandato. Um dos principais detalhes do plano é a criação de um fundo em parceria com a Galapagos Capital e Outfield, que já captou R$ 135 milhões nos primeiros meses. Este recurso será utilizado para quitar dívidas, tributos e garantir um fluxo de caixa saudável.

O presidente também ressaltou que, até 2030, o São Paulo deve receber mais de R$ 2 bilhões em "recebíveis garantidos", cifra que não inclui a venda de atletas, bilheteiras, sócio torcedor, investimento em categorias de base e patrocínios. Casares prometeu que o clube entregará uma situação financeira estável para a futura gestão em 2027.

Além da criação de novos fundos, a administração está em busca de contratos de patrocínio mais robustos e já conquistou aumentos significativos, prevendo receitas garantidas até o centenário do clube, que será comemorado em 2030. O presidente destacou que, mesmo durante períodos de dificuldades financeiras, o time mostrou competitividade ao conquistar cinco finais e três títulos nos últimos quatro anos.

Por fim, Casares mencionou que a situação se tornou ainda mais desafiadora devido ao aumento nos custos do mercado futebolístico e à necessidade de adaptações, incluindo mudanças na forma como a base é contabilizada, o que impactou o balanço financeiro. Ele enfatizou que, apesar das dificuldades, a administração está empenhada em encontrar soluções para transformar o clube em uma entidade ainda mais forte e competitiva.