O São Paulo inicia o ano de 2025 envolto em incertezas. Após uma temporada anterior repleta de "quases", onde o clube se destacou principalmente nas copas, mas foi eliminado por pequenos detalhes, o Tricolor agora enfrenta a árdua missão de competir com as principais forças do futebol brasileiro, mesmo com um orçamento bastante reduzido em comparação aos anos anteriores.
A única contratação já confirmada para esta nova temporada é a de Oscar. Embora a chegada do experiente meia de 33 anos tenha sido um grande atrativo, sua permanência foi viabilizada graças ao apoio da Superbet, patrocinadora máster do clube, que ajudará a custear seu salário. No entanto, é evidente que o São Paulo ainda necessita de reforços, especialmente nas laterais.
Dentre as prioridades da diretoria, Wendell se destaca como um alvo identificado há algum tempo. As negociações estão avançadas, mas o Porto tem demonstrado resistência em liberar o jogador antes do término de seu contrato, que se estende até junho de 2025. Na lateral direita, a situação não é mais tranquila. Com a saída do veterano Rafinha e a ameaça de Moreira ser emprestado para o Porto — possivelmente como parte do pagamento pela liberação de Wendell —, Igor Vinícius se tornou a única opção para a posição.
O problema central é que, em 2025, a diretoria do São Paulo precisará exercer uma rigorosa política de austeridade financeira. Com a implementação de um FIDC (fundo de investimento em direitos creditórios), o presidente Julio Casares terá que respeitar um limite rigoroso de gastos, que não poderá ultrapassar o montante arrecadado pelo clube. Essa realidade, embora pareça lógica, é bastante incomum no contexto do futebol brasileiro.
As futuras contratações precisam ser modestas, e será essencial que a diretoria seja ainda mais criativa na busca por boas oportunidades nas janelas de transferências. Em um mercado cada vez mais inflacionado por modelos de gestão como o das SAFs, manter a competitividade com recursos limitados é um desafio considerável.
Para contornar essa situação, planeja-se a venda de alguns atletas. Nomes como Wellington Rato, Rodrigo Nestor, Michel Araújo e Ferraresi têm sido especulados como possíveis saídas. Ao se desfazer de certos jogadores, o São Paulo não apenas gerará uma receita adicional, mas também terá a oportunidade de liberar espaço na folha salarial para a chegada de novos nomes.
Embora a torcida já esteja ciente das limitações orçamentárias impostas pela criação do FIDC, a expectativa permanece elevada. Para o segundo ano consecutivo, o time disputará a Copa Libertadores, e a chegada de um jogador do nível de Oscar certamente aumentou as esperanças dos torcedores. Nas próximas semanas, há grandes chances de que mais anúncios de jogadores sejam feitos, tanto de chegadas quanto de saídas, indicando que uma reformulação do elenco está em plena expectativa. O controle sobre a capacidade de competir com as força do futebol brasileiro, no entanto, ainda é uma incógnita.
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