Na terça-feira, durante sua participação no Summity CBF Academy, o presidente do São Paulo, Julio Casares, anunciou que o clube enfrentará um "déficit muito alto" em 2024. Se confirmado, este será o segundo ano consecutivo em que as contas do Tricolor estarão no vermelho sob a direção do atual dirigente. Em 2022, o clube havia registrado superávit.
Casares explicou que a prioridade foram os títulos em vez de focar apenas no equilíbrio financeiro do passado recente. Ao final de 2023, o São Paulo conquistou a inédita Copa do Brasil. O presidente destacou a recusa de propostas para vender jogadores importantes antes da final contra o Flamengo, a fim de manter a força do elenco sob o comando de Dorival Júnior. "Claro que é ruim terminar o exercício com déficit muito alto, mas o São Paulo, ao priorizar aquelas disputas... Eu me lembro que antes da final contra o Flamengo tínhamos propostas para quatro jogadores titulares. Naquele momento, eu poderia terminar o ano com superávit se tivesse vendido, mas era fundamental conquistar o título," afirmou Casares.
Para lidar com suas dívidas, o São Paulo, a partir do próximo ano, terá que seguir várias restrições financeiras, devido à adesão a um FIDC gerido pela gestora Galapagos. Isso significa que o clube substituirá empréstimos curtos com bancos por uma dívida de longo prazo, a ser quitada em quatro anos e meio. "Eu não tinha capacidade financeira nem o plano de recuperação que instituições como Palmeiras e Flamengo conseguiram. O que eles já construíram será o que eu enfrentarei agora. O FIDC e outras ações em curso irão trazer ao São Paulo a necessidade de sermos cada vez mais criativos na formação do elenco," declarou o presidente.
O presidente do São Paulo também alertou o conselho do clube sobre o déficit previsto no final do ano, embora tenha ressaltado que com o fundo, haverá uma certa tranquilidade financeira. "Ganhamos a Copa do Brasil, Estadual e a Supercopa. Foi uma aposta? Sim. Mas era algo que precisávamos fazer," concluiu Casares.
O São Paulo já encerrou suas contas de 2023 no vermelho, com um déficit de R$ 62,2 milhões no ano anterior, e espera que a situação seja ainda mais desafiadora desta vez. Por outro lado, o clube registrou receitas recordes de R$ 680,7 milhões, refletindo um significativo aumento na arrecadação.
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