Na próxima sexta-feira, voltará a ser julgado pelo pleno do STJD o pedido feito pelo São Paulo para anulação do jogo contra o Fluminense, disputado no dia 1º de setembro, no Maracanã, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clube paulista, que foi derrotado por 2 a 0 na ocasião, se revoltou com a condução do árbitro Paulo Cesar Zanovelli e crê que foi vítima de um erro de direito (quando se deixa de aplicar uma regra do futebol) após validação do primeiro tento da equipe carioca na partida. Antonieta da Silva Pinto, auditora do processo, pediu no último dia 26 o adiantamento da votação para que o caso fosse melhor analisado. O relator Rodrigo Aiache afirmou que reconhece o erro do árbitro, mas o considerou irrelevante para o resultado final do jogo.
Dois auditores, que já haviam se manifestado antes do pedido de vista, rejeitaram o recebimento da ação, argumentando que o São Paulo apresentou o pedido fora do prazo de 48 horas estipulado pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). E, por isso, não analisaram o mérito do caso. Na noite da última quinta-feira, Zanovelli foi suspenso por 15 dias, por unanimidade, após ter sido julgado pela 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A decisão cabe recurso e deve chegar no Pleno, última instância nacional.
Isso porque o árbitro caiu em contradição. Após disputa de bola entre Calleri e Thiago Santos, ele deu falta para o Fluminense, mas, no entendimento do Tricolor, aplicou vantagem pela bola ter continuado com o time carioca. No entanto, Thiago Silva entende que foi marcada a falta e pega a bola com a mão para recolocá-la em jogo. Em seguida, Kauã Elias marca o gol, o primeiro do Flu na partida. Na visão do São Paulo, ao ter concedido a vantagem na origem do lance, o árbitro devia ter assinalado falta de Thiago Silva, por ter colocado a mão na bola. Isso, consequentemente, anularia o gol. Ele, porém, não fez isso.
Em áudio divulgado pela CBF, Paulo Zanovelli se contradiz ao se comunicar com Igor Junio Benevenuto de Oliveira, árbitro de vídeo. Ele é claro ao dizer que deu a vantagem, mas, ao rever o lance na cabine do VAR, se contradiz. "Para mim, é disputa de espaço entre Calleri e Thiago (Santos). O Calleri segura o Thiago, e eu dou vantagem da falta do Calleri. Era para o Fluminense", disse, no primeiro momento. "Eu ia dar a vantagem. O jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou o sinal de falta. Deixa rolar. Eu falo agora. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal", afirmou, após rever a jogada. A decisão de campo, então, foi mantida. Dias depois, o divulgação do áudio do VAR gerou revolta entre dirigentes do São Paulo. O clube emitiu uma nota oficial e, além de lamentar o ocorrido, afirmou que consultaria seu Jurídico para tomar providências.
VEJA TAMBÉM
- CALLERI SAINDO?! Jornal argentino crava interesse de gigante argentino que chega forte para levar Calleri
- Baixando salários: Wendell deseja voltar ao Brasil e concorda com condições de contrato com o São Paulo
- NOVO TITULAR! São Paulo pode apostar em lateral para finalizar Brasileiro de 2025