Lucas Moura extravasa durante comemoração de gol: jogadores do São Paulo sentiram o baque da eliminação na Libertadores (Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net)
Nem mesmo a vitória do São Paulo diante do Corinthians por 3 a 1 , em clássico realizado no último domingo (29), fez com que a eliminação do Tricolor na Libertadores fosse esquecida. Prova disso é que uma palavra uniu os discursos de jogadores e treinador após a partida: dor. O zagueiro Arboleda, autor do segundo gol do time no jogo, afirmou que o elenco estava "ferido" com a queda no mata-mata.
Na mesma linha, o técnico Zubeldía, que foi mais um a expor a decepção pela eliminação no meio de semana , chamou a vitória sobre o rival de "pequena alegria à alma". Poesia à parte, de fato a vitória diante de um rival pode servir como uma injeção de ânimo para o elenco, que segue na cola do G-4, em busca de uma vaga na próxima Libertadores. O que deixa uma desconfiança sobre o futuro da equipe na temporada, entretanto, é o desempenho no jogo.
Atuando com dois jogadores a mais desde os 17 minutos do segundo tempo, quando André Ramalho foi expulso (Fagner já havia recebido o cartão vermelho no primeiro tempo), o São Paulo tinha tudo para dominar o rival e construir um placar mais elástico com tranquilidade. O que se viu em campo, no entanto, foi uma equipe incapaz de circular a bola e dar tranquilidade ao jogo. Mais do que isso: com apenas nove jogadores em campo, o Corinthians conseguiu criar mais chances de gol no segundo tempo em comparação com o primeiro (7 a 4, segundo a plataforma de análise e estatísticas "Sofascore"). Zubeldía não quis analisar o desempenho do São Paulo diante do Corinthians (Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net) É verdade que o São Paulo também teve as suas oportunidades de gol, a mais flagrante desperdiçada por Wellington Rato aos 21 da segunda etapa, cara a cara com Hugo Souza. Mas a questão não é sobre criar chances de gols, e sim sobre controlar a partida, evitar o "lá e cá". É sobre colocar o seu adversário em posição de inferioridade, coisa que o time de Zubeldía não conseguiu fazer.
Na coletiva pós-jogo, o técnico se recusou a analisar o jogo, afirmando que o contexto e a tristeza que atingia o elenco exigia que a partida ficasse em segundo plano. Para o argentino, o resultado seria o mais importante. A atitude até faz sentido se feita com a intenção de aliviar a pressão e redirecionar as forças do elenco para a disputa do Brasileirão. Erro será se o Zubeldía acreditar, de fato, que o desempenho da equipe não precisa ser discutido. A vitória do São Paulo sobre o Corinthians foi, no máximo, um remédio (potente, é verdade) para aliviar a tão citada dor. Restando 10 rodadas para o fim do Brasileirão , a única competição que o Tricolor disputa, é preciso apresentar mais para atingir o G-4 e renovar o sonho do Tetra da Libertadores na próxima temporada.
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