Encarar um rival tricampeão de Libertadores e não confirmar a vitória esperada pela altíssima produção ofensiva em um jogo dentro de casa não é nada bom. Principalmente se do outro lado houver qualidade e o mando de campo favorável no segundo jogo. Esse é o balanço do Botafogo depois do empate sem gols com o São Paulo dentro do estádio Nilton Santos. O resultado não é anormal para o tamanho das camisas e a capacidade de enfrentamento dos dois times. Mas se tornou um grande negócio para o Tricolor, que foi amassado na 1ª etapa, conseguiu reagir em um período do 2º tempo, e vai decidir a vaga na semifinal diante de seu torcedor na próxima quarta-feira.
Escalações Artur Jorge não teve problemas para escalar aquele que considera o time ideal. Optou por Vitinho e Alex Telles como titulares das laterais. Já Luis Zubeldia mudou o esquema tático em relação aos últimos jogos com o time principal. Colocou Sabino e sacou Wellington Rato. Montou um 3-4-2-1. O jovem William ficou com a vaga do barrado Luciano.
O jogo Praticamente só um time jogou no 1º tempo. O Botafogo dominou inteiramente o São Paulo antes do intervalo, criou chances, meteu bolas na trave e não sofreu uma finalização sequer em sua meta. Poderia ter tranquilamente alcançado uma diferença de dois gols no placar. Faltou pontaria e uma dose de sorte. Sobrou imposição física, verticalidade, e qualidade nas tramas ofensivas. A ideia inicial era bem nítida por parte do alvinegro: jogar de forma direta.
Neste segundo momento, as acelerações, quase todas voltadas para terminar as jogadas pelos flancos, encontravam sem maiores problemas Vitinho e Alex Telles em progressão. Se a primeira chance do Botafogo foi criada pela esquerda, foi no setor de Vitinho que a produtividade foi maior. Welington sofreu para brecar o ex-lateral do Burnley. A sorte do São Paulo esteve na má pontaria dos atacantes do Botafogo. Chutes de Igor Jesus, Savarino, Almada e Luiz Henrique acertaram a trave ou passaram muito perto dela.
Com a bola, o jogo do time paulista foi nulo. Acabou engolido pelas subidas de marcação dos cariocas. Forçou ligações diretas para Calleri, mas sem sucesso na vitória dos duelos por parte do atacante, e tão pouco aproximação de Lucas e William. Bastos e Barboza se impuseram sem dificuldades. Sem fazer substituições, Zubeldia mexeu na estrutura tática da equipe no 2º tempo.
O Glorioso ainda retomou a pressão do 1º tempo nos últimos minutos do jogo, mas não foi suficiente para sair de campo vencedor. Precisará fazer aquilo que só fez uma vez na condição de visitante nesta Libertadores. Vencer fora de casa. Isso se quiser se classificar sem a necessidade dos pênaltis. Já o São Paulo venceu três dos quatro jogos como mandante no torneio.
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