Anular um jogo por erro de arbitragem, como pretende o São Paulo no caso da derrota por 2 a 0 para o Fluminense, pelo Brasileirão, é raro, mas já ocorreu recentemente em um grande torneio do futebol nacional. Foi em 2019, pela Copa do Brasil, no duelo entre Aparecidense-GO e Ponte Preta, pela primeira fase. Ainda sem VAR à disposição da arbitragem, polêmica começou quando Hugo Cabral, atacante da Ponte em posição ilegal, aproveitou rebote e empurrou para as redes, aos 44 minutos do segundo tempo. Seria o empate da Macaca - os goianos venciam por 1 a 0.
O auxiliar Samuel Oliveira da Costa (CE), responsável pela jogada, não levantou a bandeira, e o árbitro Leo Simão Holanda (CE) validou o gol. A partir daí, os jogadores da Aparecidense começaram a pressionar a arbitragem, e a partida ficou paralisada por 16 minutos. Durante esse tempo, diversas pessoas que não estão autorizadas entraram em campo e conversaram com a arbitragem. A Ponte alega que o delegado Adalberto Grecco, que é de Goiás, passou alguma informação ao auxiliar Samuel Oliveira da Costa, quando os dois tiveram um rápido contato à beira do campo.
Sete minutos depois do gol, a arbitragem voltou atrás e decidiu anular o lance, marcando impedimento de Hugo Cabral. No ofício protocolado junto ao STJD, o clube campineiro alegou que houve interferência externa na decisão de anular o gol e pediu a anulação do jogo.
Em julgamento realizado pelo pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), a votação terminou 4 a 4, mas como o voto do presidente tem peso dobrado, decidiu-se pela anulação do jogo, disputado em 12 de fevereiro. A disputa nos bastidores durou quase 50 dias. Os times voltaram a se enfrentar em 3 de abril, e a Aparecidense novamente levou a melhor em campo, ganhando por 2 a 0 no segundo encontro e avançando à segunda fase.
A interferência externa é considerada também um erro de direito - conforme reclama o São Paulo agora diante do Fluminense, que é quando deixa de cumprir uma regra do futebol, diferentemente do erro de fato, relacionado à interpretação.
O São Paulo protocolou o pedido de anulação do jogo na última segunda-feira. O jogo terminou 2 a 0 para o Fluminense, na última rodada do Brasileiro, mas a diretoria paulista acredita que o árbitro Paulo Cesar Zanovelli cometeu um erro de direito ao validar o primeiro gol, marcado por Kauã Elias, no Maracanã. A discussão começa numa disputa de bola entre Calleri e Thiago Santos, no meio de campo, ainda no primeiro tempo.
O árbitro vê falta do argentino, mas dá vantagem ao Fluminense, já que a bola fica com o zagueiro Thiago Silva. Thiago Silva, porém, entende que foi marcada a falta, abaixa, coloca a mão na bola e a recoloca em jogo. Na sequência, Kauã Elias faz o gol. Para o São Paulo, ao ter dado vantagem no primeiro lance, Zanovelli deveria ter marcado falta de Thiago Silva por colocar a mão na bola - o que bastaria para anular o gol.
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